A operação de promoção turística dos Açores para a época baixa 2024/25 custou cerca de 2,5 milhões de euros e vai representar um aumento de 7.826 lugares nas ligações para o arquipélago, anunciou hoje o Governo Regional.
“Temos 13 companhias [a operar nos Açores] com 32 rotas. Queremos que essas rotas comecem a alargar para o inverno. Isso é um processo. Alarga primeiro para os meses de março e novembro, depois vai alargando o máximo possível”, declarou a secretária do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas.
Berta Cabral falava na sede da secretaria regional, em Ponta Delgada, numa conferência de imprensa para apresentar a Estratégia de Promoção Turística do Destino Açores para o Inverno IATA 2024/25, que contou com a presença da diretora regional do Turismo, Rosa Costa, e do presidente da VisitAzores, Luís Capdeville Botelho.
De acordo com as informações disponibilizadas, vão existir seis companhias a operar na época baixa para os Açores (Edelweiss, Lufthansa, Smartwings, Transavia, TAP e Azores Airlines), o que vai representar um aumento de 7.826 lugares.
A Azores Airlines, transportadora pública regional, vai manter as ligações internacionais a Nova Iorque, Boston, Montreal, Toronto, Barcelona e Paris e vai voar “pela primeira vez na época de inverno” para Milão, Faro, e Nova Iorque a partir da ilha Terceira.
Salientando que é “impossível acabar com a sazonalidade”, a secretária regional destacou o crescimento turístico dos Açores desde 2019 e garantiu que o executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM) pretende “equilibrar a procura turística ao longo de todo o ano”.
“Temos condições para oferecer produtos todo o ano. O tipo de produto turístico que oferecemos está relacionado, normalmente, com a natureza, a aventura e questões relacionadas com o meio ambiente”, reforçou.
Para a época baixa foram ainda “captados” vários eventos, como o Fórum Europeu de Agências de Viagens (que vai decorrer em outubro na Terceira) ou o congresso da Associação de Agências de Viagens do Canadá (marcado para novembro em São Miguel e na Terceira).
Já o encontro regional de turismo vai passar a designar-se Azores Tourism Summit e está marcado para o mês de novembro na ilha de São Miguel.
Quando questionada, Berta Cabral rejeitou que o planeamento turístico tenha sido afetado pelos processos de privatização da Azores Airlines e da TAP.
“A SATA e a TAP continuarão a existir e continuarão a ser companhias que vão fazer essas rotas porque têm raízes nesta região e a primazia na ligação da região ao exterior. Isso é um ativo que nenhuma delas vai querer perder”, assinalou.
A secretária regional também confirmou que não foram encetadas novas negociações com a Ryanair, uma vez que o acordo firmado em 2023 (que prevê quatro voos semanais de São Miguel e Terceira para o continente no inverno) é válido por dois anos.
“O mercado teve a sua resposta através de outras companhias. Se a Ryanair tivesse tido interesse em aumentar [os voos], ela é que teria tido o interesse e contactaria a região”, reforçou.
A governante insistiu ainda que a estratégia pretende impulsionar o “crescimento do turismo no inverno” e assegurar uma “maior homogeneidade dos fluxos turísticos”.
“O nosso objetivo final é ter turismo todo o ano em todas as ilhas, cumprindo um objetivo de distribuição equitativa, quer geográfica, quer em termos temporais”, disse.
Em 2023, os Açores superaram as 3,8 milhões de dormidas, um novo recorde para o turismo da região.