A Câmara de Comércio e Indústria dos Açores (CCIA) defendeu hoje a definição de um planeamento para assegurar a execução dos 125 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Mário Fortuna, presidente da CCIA, refere que no âmbito de recapitalização das empresas dos Açores, centrado no PRR, a execução “tem sido muito lenta”, daí a necessidade de definição de um planeamento para “garantir que se utiliza a totalidade” dos 125 milhões de euros.

A direção da CCIA foi recebida pelo presidente do Governo dos Açores no âmbito da apreciação das antepropostas de Plano e Orçamento para 2025, cujo processo de auscultação termina hoje.

O dirigente empresarial voltou a insistir na necessidade de regularizar os pagamentos em atraso, uma “chaga da economia que tem que ser sanada”.

“Este ano, foi possível transformar divida comercial em divida financeira, o que quer dizer que o Governo dos Açores sanou 75 milhões de euros de divida atrasada, pagando e libertando as empresas deste nível de endividamento, mas o problema não está completamente resolvido”, declarou.

Fortuna frisou que os pagamentos em atraso são “várias vezes 75 milhões de euros”, tendo sugerido ao Governo dos Açores que o ‘plafond’ de resolução de dividas em atraso seja de 100 milhões.

O líder da CCIPD sugeriu, face aos problemas de mão-de-obra, que resolve-se por via da migração, deve-se “melhorar a atratividade” através de um programa de cativação do agregado familiar e não do empregado.

“Seria uma forma mais estável e atrativa em que podemos dizer que temos creches gratuitas, um sistema de saúde bastante generoso, a par de um sistema educativo”, frisou o empresário.

Mário Fortuna manifestou ainda preocupação com a promoção externa dos Açores, sugerindo a criação de uma agência para cativar investimento e projetar os produtos dos Açores.

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