projeto novo na ilha de Santa Maria, para “aprofundar nos próximos anos”, com trabalho junto dos produtores em termos de formação e com acompanhamento técnico da cooperativa, que tem um enólogo ao serviço.

Em dezembro de 2023, lembrou, terminou o processo de investigação e de desenvolvimento do projeto Santa Maria Wine Lab, que foi financiado pelo Programa Operacional 2020, com o objetivo de criar pelo menos um vinho certificado na ilha.

“Esse objetivo foi cumprido. Nós conseguimos três vinhos certificados e este ano instalámos uma nova adega, com maior capacidade, porque o projeto de investigação tinha determinadas condicionantes em termos de quantidades de produção”, disse à Lusa.

O presidente da Agromariensecoop deposita “bastante esperança” no projeto para recuperação das vinhas tradicionais e da paisagem, “porque Santa Maria tem uma cultura vitivinícola secular, com 500 anos, que se perdeu”.

“Este projeto visa tentar, de alguma forma, recuperar essa tradição, agora com vinhos novos, vinhos certificados pela Comissão Vitivinícola Regional (CVR) Açores”, sublinhou.

 

A vindima já está a decorrer, devendo prolongar-se pelos próximos 15 dias, nas previsões de Duarte Moreira.

A iniciativa de investigação Santa Maria Wine Lab (que arrancou em 2022 e formalmente terminou em 31 de dezembro de 2023) foi criada para recuperar a paisagem vínica da ilha mais oriental dos Açores, marcada pelos quartéis de pedra erguidos ao longo das encostas e que estava, em grande parte, abandonada.

A cultura vitivinícola em Santa Maria remonta ao povoamento da ilha, mas no século XIX várias infestações arrasaram as vinhas, tornando a produção residual.

O projeto, que dá prioridade às “castas nobres” (como a Touriga Nacional, Fernão Pires ou Bastardo) e às “castas nobres açorianas” (Verdelho, Terrantez do Pico e Arinto dos Açores), teve financiamento do Programa Operacional 2020 e os apoios da Câmara Municipal da Vila do Porto e do Governo Regional dos Açores.

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