A PSP deteve dois homens, de 42 e 36 anos, suspeitos de serem os autores do esfaqueamento de uma pessoa no dia 19 de agosto junto à igreja do Santo Cristo dos Milagres, em Ponta Delgada, nos Açores.

Num comunicado hoje divulgado, a PSP disse que, na sequência de diligências efetuadas, foram “recolhidos vários elementos de prova” que possibilitaram a “identificação dos autores do crime”.

Segundo a PSP, os homens em causa entraram em “desentendimentos relacionados com uma alegada transação de droga, num quadro social de tráfico, consumo e toxicodependência”.

Os suspeitos “exerceram violência física concertada sobre o ofendido, utilizando armas brancas para desferirem agressões na vítima”, de 35 anos, que ficou internada sem risco de vida.

Após terem sido interrogados por um juiz de instrução criminal no Tribunal de Ponta Delgada, um dos homens ficou sujeito a apresentações diárias às autoridades, enquanto o outro, autor das agressões mais graves, ficou em prisão preventiva.

Após esta agressão, o autarca de Ponta Delgada e o reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo defenderam o reforço da segurança na cidade.

No dia 21 de agosto, o presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Pedro Nascimento Cabral (PSD), mostrou-se preocupado “com a falta de agentes da PSP” para levar “um maior sentimento de segurança” aos cidadãos.

“Não estamos a colocar em causa o grande esforço que tem sido feito pela PSP na proteção da nossa comunidade […], mas também é real a nossa preocupação com a falta de agentes da PSP para trazer um maior sentimento de segurança aos nossos cidadãos, com os tão desejados patrulhamentos a pé ou mesmo de carro, em determinados locais e a determinadas horas, numa cidade onde a esquadra de polícia tem de estar aberta, permanentemente aberta, durante a noite”, afirmou.

Pedro Nascimento Cabral referiu que “têm sido inúmeras” as abordagens de cidadãos e empresários que dão conta de “profunda preocupação com o aumento do alcoolismo, toxicodependência e criminalidade” na cidade e concelho e “da ausência de respostas das entidades públicas e das autoridades policiais”.

Em comunicado, o reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, Manuel Carlos Alves, também apelou a um reforço da segurança pública no local.

“A segurança pública está a falhar e a polícia poderá não estar a cumprir plenamente as suas competências. Julgo que o problema não é das leis, mas da forma como as lemos”, afirma o responsável, citado numa nota divulgada do sítio da Internet Igreja Açores.

O sacerdote aponta que a agressão em causa aconteceu em plena luz do dia, numa rua e num lugar movimentados, apelando a um “compromisso de todos” para que o problema seja resolvido.

 

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