O PAN/Açores acusou hoje o Governo Regional de “arrogância” e de “menorizar o diálogo”, e criticou a “falta de transparência” e a “opacidade” no processo de reconstrução do Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada.

“A opacidade do governo quanto às verdadeiras causas do incêndio no Hospital de Ponta Delgada e a decisão unilateral de construir o hospital modular sem o devido diálogo com todos os partidos políticos revela a verdadeira face de um governo que menoriza o diálogo e a colaboração, um exemplo de falta de transparência e de arrogância”, afirmou o porta-voz do partido nos Açores, citado em comunicado.

Na quarta-feira, o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) apresentou o hospital modular que vai assegurar os cuidados de saúde enquanto decorre a requalificação do Hospital de Ponta Delgada, onde deflagrou um incêndio a 04 de maio, numa sessão que contou apenas com a presença de Chega e dos partidos do executivo (PSD, CDS-PP e PPM).

Segundo o PAN, que faltou à apresentação (tal como PS, BE e IL), o “convite para a apresentação do hospital modular sem auscultação de partidos isola o Governo Regional e os partidos que o suportam”.

“O PAN/Açores rejeita esta política de imposição que mina a confiança pública e compromete a saúde dos açorianos”, reforçou Pedro Neves.

O partido acusa o Governo dos Açores de “desrespeitar a centralidade do parlamento” num “momento que se queria de união” face à importância do HDES para os cuidados de saúde no arquipélago.

“A postura do Governo Regional no debate de urgência, que teve lugar no plenário do mês de julho, deixou antever que o processo de reconstrução do HDES será pautado por falta de diálogo e transparência, contrariando o apregoado durante a discussão do Orçamento regional”, acrescenta o PAN.

O incêndio que deflagrou em 04 de maio no hospital de Ponta Delgada, cujos prejuízos estão estimados em 24 milhões de euros, obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para vários locais dos Açores, Madeira e continente.

Em 18 de junho, o Governo dos Açores revelou a intenção de ter o hospital modular a funcionar em agosto, um projeto que, no total, vai custar mais de 12 milhões de euros.

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