O Governo dos Açores prevê investir, até 2027, cerca de 18 milhões de euros em medidas de prevenção de riscos de inundações em 15 bacias hidrográficas e zonas costeiras do arquipélago, identificadas como problemáticas.
“O objetivo é reduzir as potenciais consequências prejudiciais das inundações, para a saúde humana, para o ambiente, para o património cultural, para as infraestruturas e para as atividades económicas”, explicou o secretário regional do Ambiente e da Ação Climática, Alonso Miguel, durante a apresentação do plano de gestão de riscos de inundações à Comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, reunida hoje na vila das Velas, ilha de São Jorge.
De acordo com o levantamento efetuado, com base em dados históricos de ocorrências registadas nas mais de 700 bacias hidrográficas dos Açores, o plano definiu cinco bacias de risco de cheias e inundações fluviais, para as quais foi produzida cartografia de pormenor de risco, nomeadamente a Ribeira Grande e a ribeira da Povoação, na ilha de São Miguel, a ribeira da Agualva e as ribeiras de Porto Judeu, na ilha Terceira, e a Ribeira Grande, na ilha das Flores.
“Além destas bacias hidrográficas, foram incluídas seis novas bacias hidrográficas, nomeadamente as grotas da Areia e do Cinzeiro, na ilha de São Miguel, as ribeiras da Casa da Ribeira e de São Bento, na ilha Terceira, a Ribeira Seca, em São Jorge, e a Ribeira do Dilúvio, no Pico”, adiantou o governante.
O novo plano de gestão de riscos de inundações identificou ainda quatro zonas costeiras potencialmente sujeitas a galgamentos do mar: a frente marítima entre São Roque e o Cais do Pico, na ilha do Pico, a frente marítima entre São Roque e o Rosto do Cão, em Ponta Delgada, a frente marítima da Lagoa e a frente marítima da Ribeira Quente, na Povoação.
“O investimento estimado para a implementação de um conjunto de pedidas de prevenção ascende a cerca de 18 milhões de euros, na sua esmagadora maioria, cerca de 94 por cento, investimentos referentes a medidas de gestão de riscos”, frisou o titular da pasta do Ambiente no arquipélago.
O plano de gestão de riscos de inundações dos Açores, agora apresentado aos deputados, que já esteve em discussão pública entre outubro e novembro do ano passado, será discutido e votado em plenário antes de entrar em vigor.