O PS/Açores alertou hoje para as recentes perdas de apoios no setor vitivinícola da região e entregou no parlamento açoriano um requerimento a pedir esclarecimentos ao executivo.
Segundo a deputada do PS/Açores Patrícia Miranda, no início de junho, os viticultores, através da Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico, “denunciaram uma perda de rendimentos devido a uma alteração ao parcelário das áreas produtivas”, que alegadamente irá provocar “uma redução significativa nas ajudas anuais”.
Citada numa nota de imprensa do Partido Socialista, a parlamentar aponta que “uma falha na comunicação da Direção Regional do Desenvolvimento Rural (DRDR) deixou de fora muitos viticultores de novas candidaturas a apoios que já consideravam elegíveis estes caminhos”.
Por isso, os deputados socialistas apresentaram ao parlamento dos Açores um requerimento pedindo informações sobre se os “caminhos agrícolas dos viticultores vão, ou não, continuar a ser incluídos na área agrícola que é passível de ser candidata a apoios”.
“E os viticultores que, no entretanto, fizeram a sua candidatura, terão a possibilidade de retificarem o seu pedido sem serem penalizados?”, questiona ainda a deputada Patrícia Miranda.
Por outro lado, é importante que o Governo Regional esclareça “que negociações é que foram feitas entre o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) e a DRDR”, para se perceber “o que está este Governo a fazer – ou não – para reverter e/ou atenuar esta situação junto do IFAP, para evitar que os viticultores saiam prejudicados”, defende.
A socialista pretende que o executivo açoriano esclareça “os motivos” que levaram à “alteração ao parcelário das áreas produtivas em plena época de candidaturas aos apoios” e “quando é que o Secretário Regional da Agricultura e Alimentação vai reunir com os viticultores”.
“Não se compreende este desleixo e inação por parte do Governo Regional da coligação PSD/CDS-PP/PPM, que está a prejudicar os produtores de vinho da Região e que está a gerar um descontentamento geral, bem como a lançar muitas incertezas e dúvidas para as quais não estão a obter as devidas respostas e soluções”, sustentou a deputada.