O Chega/Açores questionou hoje o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) sobre quantas habitações fazem parte do parque habitacional do arquipélago, quantas estão ocupadas e o valor médio da renda que é paga pelos inquilinos.
Num requerimento enviado ao executivo açoriano através do parlamento regional, o partido também questiona se nas habitações que são propriedade da região “existem situações de rendas em atraso”.
O Chega/Açores pretende ainda saber, entre outras situações, “quantas habitações propriedade da região estão desocupadas” e o respetivo detalhe por ilha e por concelho.
“Quantas famílias têm pedido feito ou se encontram em lista de espera para uma habitação social? O Governo Regional tem conhecimento de habitações, propriedade da região, que tenham sido ocupadas clandestinamente?”, é igualmente perguntado no requerimento.
Em comunicado hoje divulgado, o Chega/Açores considera que a falta de habitação no arquipélago é “gritante”, uma vez que “muitas famílias deparam-se com preços exorbitantes de arrendamento ou com a falta de capacidade financeira para recorrer ao crédito”.
No entanto, refere, “há habitações que são propriedade da região – e das autarquias – que têm rendas praticamente irrisórias” e, apesar das rendas baixas, há muitas famílias que continuam sem as pagar.
O líder parlamentar do Chega nos Açores, José Pacheco, citado na nota, defende a realização de um retrato do parque habitacional da região, “para se saber o que existe e quem está a usufruir dessas habitações”.
“Há muitas famílias, supostamente carenciadas, que vivem em casas da região e beneficiam de rendas baixíssimas. Estas pessoas já recebem todo o tipo de apoios e ainda pagam rendas irrisórias, quando há casais que trabalham e que não conseguem ter uma habitação condigna”, alertou.
Para o partido, o parque habitacional da Região Autónoma dos Açores “também tem de dar resposta às famílias que trabalham e não apenas às famílias carenciadas”, pois são elas o “motor” da economia.