A deputada socialista Inês Sá questionou hoje o Governo dos Açores sobre quantas vagam existem para crianças/adolescentes com necessidades especiais por concelhos e ilhas e quantas estão em lista de espera.

Um ano após o lançamento da Estratégia Regional para a Inclusão da Pessoa com Deficiência (ERIPDA) pelo Governo dos Açores, a parlamentar quer saber “quantas vagas existem, discriminadas por concelho e por ilha” e “quantas crianças com necessidades especiais estão, na presente data, em lista de espera em ATL’s, ou outras instituições com idêntica finalidade, discriminada por concelho e ilha”.

Citada em nota de imprensa, Inês Sá afirma estranhar “muito que, passado que está um ano desde a implementação deste documento, existam tantos pais, mães e/ou encarregados de educação de crianças e adolescentes com perturbações do neurodesenvolvimento e do espetro autista, entre outras patologias, que esperam e desesperam por uma vaga, numa das instituições especializadas existentes na região, que garanta um horário compatível com o normal horário laboral”.

De acordo com a deputada do maior partido da oposição, esta dificuldade na região “ganha ainda maior relevo quando se está perante crianças com idade igual ou superior a 12 anos”, sendo que o Governo Regional “não se pode limitar a fazer documentos”, tendo que “passar à ação e criar respostas para estas crianças e os seus pais e encarregados de educação”.

Inês Sá pretende apurar “quantas vagas conta o Governo Regional criar nos próximos quatro anos para estas crianças e jovens”.

A deputada diz que o PS/Açores “concorda com a necessidade de garantir uma política educativa e formativa inclusiva e equitativa para os jovens com necessidades especiais”, mas a região “tem de ter apoios e recursos que permitam atenuar as desvantagens e garantir a igualdade de oportunidades nas aprendizagens e no acesso e permanência nos vários níveis de ensino”.

“Isto mesmo está expresso no documento deste Governo Regional. O problema é que, na prática, no terreno, não vemos nada a acontecer e de nada serve um documento bonito se as nossas crianças e os nossos jovens não tiverem as respostas que necessitam”, afirmou Inês Sá.

 

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