O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) iniciou negociações com o Governo dos Açores com a valorização salarial da classe, melhores condições de trabalho e progressão na carreira em cima da mesa, indicou hoje num comunicado.

Aquele sindicato esteve reunido com a secretária regional da Saúde e Segurança Social dos Açores, Mónica Seidi, na quarta-feira e fez hoje um ponto de situação dessa reunião.

Segundo o SMZS, o encontro serviu para “estabelecer um protocolo negocial, e o respetivo calendário”, visando alcançar um acordo que “permita a valorização profissional dos médicos e a melhoria das suas condições de trabalho”.

Afirmando que essa reunião surgiu na sequência das negociações mantidas com o Ministério da Saúde, o SMZS avisou que “não abre mão de proteger a carreira médica e incluir matérias que melhorem as condições de trabalho e os cuidados de saúde”.

“Foi essa a exigência da delegação do SMZS na primeira reunião oficial com a secretária Regional da Saúde e Segurança Social dos Açores, no dia 05 de junho, em Ponta Delgada, em que também participou o Sindicato Independente dos Médicos”, afirmou a estrutura sindical.

Segundo o sindicato, a criação de um “regime de dedicação exclusiva e a aplicabilidade da dedicação plena na Região Autónoma dos Açores são assuntos que preocupam o SMZS”, salvaguardando que “estará de boa-fé neste processo”, mas sendo “absolutamente intransigente no combate à diminuição dos direitos laborais dos médicos e da deterioração dos cuidados de saúde aos utentes”.

No encontro, o sindicato apresentou a sua proposta negocial, “relevando os temas que importam aos médicos, nomeadamente a valorização salarial, as condições de trabalho e a progressão na carreira”.

De acordo com o SMZS, a secretária regional da Saúde e Segurança Social demonstrou-se “disponível para incorporar estes temas no protocolo negocial.

Mas considera-se ser “fundamental que as boas intenções não se fiquem por aí e que o calendário que foi definido seja não só cumprido com rigor, mas também com a devida ambição face às reivindicações dos médicos”.

Ambas as partes voltam a sentar-se à mesa no dia 28 de junho.

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