O grupo EDA-Empresa de Eletricidade dos Açores aumentou em 4,9 milhões de euros o resultado líquido em 2023, em termos comparativos com 2022, atingindo os 17 milhões, segundo anunciou hoje a elétrica açoriana.
De acordo com a EDA, o EBITDA, resultado antes de impostos, amortizações e juros, foi de 65,7 milhões de euros, mais 13,6 milhões de euros em termos homólogos.
As contas foram aprovadas pelos acionistas, em assembleia geral realizada hoje, tendo sido viabilizada a distribuição de dividendos de sete milhões de euros, “correspondentes a 41% dos resultados apurados distribuíveis”.
Segundo uma nota de imprensa da elétrica açoriana, o volume de negócios do grupo “atingiu novo valor mais elevado da história, com 280 milhões de euros, ou seja, mais 6,3% face ao ano anterior, com as vendas de energia elétrica a registarem um aumento de 19,3%”.
A compensação tarifária em 2023 atinge cerca de 100,5 milhões de euros, com um decréscimo de 14,3 milhões de euros, refere a EDA.
A empresa diz que realizou também “o maior volume de investimento da sua história, no total de 70 milhões de euros e 74,6 milhões de euros no total do grupo EDA”.
A empresa aponta que os capitais próprios do grupo situaram-se nos 217,8 milhões de euros, o que revela um “acréscimo de cerca de 9,9 milhões de euros, ou seja, com uma variação positiva de 4,8%”.
As subsidiárias EDA Renováveis, SEGMA e GLOBALEDA contribuíram em 79% para o resultado obtido, sendo que o resultado operacional totalizou cerca de 30,7 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 11,4 milhões de euros face aos 19,3 milhões de euros registados em 2022.
De acordo com a elétrica açoriana, 2023 incluiu “factos extraordinários que, pelo seu valor, têm um impacto muito relevante nos resultados da empresa”.
“O mais significativo resulta da correção à compensação tarifária do ano de 2022, cujo valor final foi publicado pela ERSE em 15 de dezembro de 2023 e que resulta num impacto positivo no resultado de cerca de 5,1 milhões de euros. Sem os factos extraordinários, o resultado líquido do grupo situar-se-ia nos 9,3 milhões de euros, próximo da previsão realizada”, refere a EDA.
Em 2023 registou-se um crescimento de 1,5% na emissão de energia elétrica, atingindo os 835,7 GWh.
A EDA refere que a energia de origem renovável injetada na rede, excluindo a proveniente do aproveitamento de resíduos sólidos urbanos, totalizou 291,9 GWh, o que representa cerca de 34,9% da energia, contra 33,9% em 2022.
A produção com origem geotérmica cresceu 6,3% e a de origem eólica aumentou 7,1%.
A EDA aponta que, “apesar do esforço significativo de investimento, os financiamentos obtidos pelo grupo diminuíram 6,5 milhões de euros relativamente a 2022, situando-se em 336,2 milhões de euros”.
O agravamento das condições de financiamento pelo aumento da taxa de juro diretora do Banco Central Europeu, gerou entretanto “encargos financeiros adicionais de 6,5 milhões de euros relativamente ao ano transato”.
São acionistas da EDA, a Região Autónoma dos Açores (50,1 %), a ESA – Energia e Serviços dos Açores, SGPS, S.A. (39,7%) a EDP – Gestão da Produção de Energia, S.A. (10%) e os pequenos acionistas e emigrantes representam 0,2% do capital.