As áreas da Juventude, Habitação e Emprego compõem um “tripé estratégico” para o crescimento e desenvolvimento dos Açores, assente na “satisfação das necessidades de habitação, na promoção de emprego e na fixação de população”, assegurou hoje Maria João Carreiro.

A Secretária Regional da Juventude, Habitação e Emprego falava na Assembleia Legislativa dos Açores, durante a discussão do Programa do XIV Governo dos Açores, um “compromisso com os açorianos ancorado na convicção de que as pessoas são o recurso mais valioso da Região”.

Para estas áreas da governação, o Programa projeta uma “visão estrutural, sem ignorar a conjuntura”, expressa em “políticas integradas, progressistas, fortes e eficazes”, disse.

O objetivo é dar continuidade a uma “governação reformista e transformadora” validada pelos açorianos e que em apenas três anos “foi capaz de promover resultados francamente positivos para os cidadãos”, como o desemprego em níveis historicamente baixos, a subida a máximos históricos da população empregada e a aposta na estabilidade laboral dos trabalhadores.

Maria João Carreiro garantiu que o Governo vai “continuar a criar condições” para que os jovens olhem para os Açores com confiança e esperança de que podem trabalhar e viver na Região, “povoando os concelhos, constituindo família e contribuindo para a produtividade das empresas”.

No “contrato” do Executivo de coligação PSD/CDS/PPM com os jovens está incluída a aprovação, em Conselho do Governo, de um conjunto de medidas integradas no programa “Mais Jovem”.

Este novo programa vai permitir apoiar e premiar os jovens qualificados e diplomados que decidam iniciar a sua atividade profissional na Região, incluindo benefícios em sede de IRS, de pagamento de propinas e de pagamentos de viagens para os estudantes açorianos.

Manter a proteção social dos jovens estagiários e os apoios à contração jovem, indexando esses apoios à renumeração paga pelas empresas e à localização do posto de trabalho, para incentivar o aumento do rendimento e a fixação de jovens nos concelhos, são compromissos do Executivo.

No que respeita à Habitação, Maria João Carreiro garantiu que o Governo “está preparado para continuar a promover respostas adequadas e alinhadas com as necessidades dos açorianos”.

A integração das famílias em situação de desfavorecimento, dos jovens e da classe média nos “beneficiários da política de habitação” é uma prioridade para o XIV Governo, através de habitação a preços compatíveis com o rendimento dos jovens e das famílias, incentivos ao arrendamento com a opção de compra, disponibilização de fogos a preços acessíveis e habitação social.

No âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência para a Região está programada a construção de 301 habitações e 527 reabilitações, uma execução que está em curso, sendo que nas próximas semanas vão ser consignadas 33 novas habitações e laçadas a concurso 122 novas habitações.

A Secretária Regional anunciou, ainda, a colocação no mercado de 2.000 habitações a preços acessíveis durante a próxima década, bem como a cedência de 145 lotes infraestruturados para a promoção de habitação acessível, no quadro um regime de autoconstrução que permitirá a acumulação com outros apoios para a construção de habitação própria permanente.

“Uma política de habitação estrutural será mais eficaz no médio e longo prazo quanto maior for a nossa capacidade de a afirmar como eixo da economia regional e de potenciar as oportunidades do círculo virtuoso ‘Mais Qualificação, Melhor Emprego e Mais Rendimento’ para a quebra de ciclos de pobreza, de privação material, de instabilidade laboral e de baixa produtividade”, disse.

Nesse pressuposto, Maria João Carreiro garantiu que o Governo dos Açores vai dar continuidade a uma política de qualificação e emprego sustentada na importância da qualificação para o desenvolvimento humano, social e económico da Região e que exige a participação das empresas.

Entre as linhas de orientação política para a legislatura que agora se inicia está o reforço da empregabilidade dos desempregados de longa duração, o apoio à integração de trabalhadores com deficiência ou incapacidade no mercado de trabalho, os incentivos à estabilidade laboral e à melhoria do rendimento dos trabalhadores e a reconversão profissional de desempregados.

No quadro da Agenda Regional para a Qualificação Profissional, o Executivo propõe-se a apoiar a certificação, formação contínua e requalificação profissional de empregados e desempregados, continuar a investir na afirmação da centralidade das Escolas Profissionais para a formação de jovens e adultos e promover a formação à distância através do Centro de Qualificação dos Açores.

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