O presidente do PS defendeu hoje que Pedro Nuno Santos representa renovação dos políticos e das políticas, sendo humanista e um economista que conhece as empresas, e sustentou que os socialistas no Governo vão continuar para mudar.
Carlos César falava no comício de Coimbra, no pavilhão dos Olivais, antes do discurso do secretário-geral do PS e após a intervenção da cabeça de lista socialista por este distrito, Ana Abrunhosa.
“A nossa renovação não tem como ícones um antigo bastonário da saúde privada [Carlos Guimarães Pinto], nem o ex-líder da CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal) que duvida das implicações das alterações climáticas. O que é mais seguro, porque tem melhor futuro, é mesmo votar no PS e Pedro Nuno Santos é um fator de renovação das políticas e dos políticos”, contrapôs.
A seguir, referiu-se à antiga líder do CDS Assunção Cristas, dizendo que a antiga ministra do executivo de Passos Coelho se enganou quando há dias disse que a alternativa no próximo domingo era mudar ou continuar.
“Não é continuar ou mudar. A melhor alternativa é continuar para mudar e continuar e mudar. Votar no PS é o voto útil para manter o que está bem, para continuar a mudar e para emendar o que é preciso. Votar na AD é votar ao mesmo tempo num que um diz e outro desdiz, é votar em não sei o quê”, declarou, no final de um discurso em que procurou traçar diferenças entre os candidatos a primeiro-ministro Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro.
“Pedro Nuno Santos é o melhor dos candidatos a primeiro-ministro de Portugal”, sustentou o presidente do PS, dizendo depois que, agora, o seu partido “é liderado por uma nova geração que traz Portugal para a frente”, referiu.
O antigo líder parlamentar socialista e presidente do Governo Regional dos Açores revelou que há dias lhe perguntaram as razões para se votar no PS, dizendo então que respondeu “com coração e razão”.
“Votar no PS é ter a consciência de que a Europa, o mundo e neles o nosso país não suportam os riscos de aventuras desconhecidas, de experiências imaturas, de promessas milagreiras, de confrontos de visões e de fraturas políticas e sociais que as direitas a as extremas-direitas infetadas por essas tendências representa hoje e entre nós”, advertiu, antes de se referir ao plano nacional
“Votar no Chega é muito perigoso, mas votar na AD é um voto muito duvidoso”, advogou, ressalvando, logo a seguir, que o PS “não se acha dono da verdade”.
“Tivemos avanços que são reconhecidos, mas também sobressaltos inesperados, problemas com carreiras profissionais e serviços públicos”, apontou, em estilo de autocrítica. No entanto, Carlos César concluiu este ponto de balanço sobre o executivo de António Costa assinalando que “o Governo em funções em menos de metade do seu mandato cumpriu mais de metade dos seus compromissos”.
Em relação a Pedro Nuno Santos e o presidente do PSD, Luís Montenegro, considerou que “são dois líderes diferentes.
“Pedro Nuno Santos é muito melhor do que Luís Montenegro – isso resulta da observação direta. Cresceu na sua família acompanhando a vida das pequenas e médias empresas, é um economista tecnicamente preparado, conhecedor das prioridades dos fatores de competitividade e sustentabilidade económica, moderado nas promessas. Um líder que transmite mais capacidade de realização, maior mobilização e determinação”, sustentou.
Em relação a Luís Montenegro apontou que, quando liderou a bancada do PSD, “defendeu cortes nos salários, nas pensões, nos subsídios de Natal e de férias e nos feriados”, assim como “defendeu aumentos de impostos e aumentos de propinas”.
“De um lado temos Pedro Nuno Santos que foi educado nas razões de fazer justiça. Do outro lado temos Montenegro que foi porta-voz de sacrificar um povo que não merecia ser injustiçado”, completou.
Para Carlos César, Pedro Nuno Santos “é exemplo de renovação do PS, líder de uma nova geração de um partido dialogante, simultaneamente moderado e ambicioso, de um partido humanista”.
“O PS continuará a ser uma força central e motora na vida política portuguesa. A carga e os estímulos da renovação estão bem presentes nos muitos independentes que connosco partilham a governação em todos os níveis”, acrescentou.