PS/Açores sugere medidas que colmatem efeitos da redução da operação da Ryanair

O presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, defendeu hoje a necessidade de serem tomadas medidas para que a região possa minimizar as consequências no turismo da redução da operação da companhia aérea Ryanair.

Segundo Vasco Cordeiro, o setor do alojamento local é aquele que, “de forma mais imediata e mais direta”, recebe o impacto da redução da operação da Ryanair para os Açores.

Para o socialista, importa “lidar com esse aspeto, antes que essa redução se torne de tal forma impactante que exija a tomada de outro tipo de medidas”.

“Neste momento é ainda o tempo, e isso deve ser feito, de [a região] adotar medidas que possam ajudar a lidar com esse impacto e que possam ajudar a combater a redução que daí deriva”, disse aos jornalistas, em Ponta Delgada, no final de uma visita a um alojamento local, que serviu para se inteirar dos impactos da redução da atividade da companhia aérea Ryanair sobre o turismo e a mobilidade na região.

Ainda no mesmo setor, Vasco Cordeiro falou na possibilidade de as Assembleias Legislativas Regionais poderem regular a forma “como se aplica, ou não se aplica”, a contribuição extraordinária sobre o alojamento local.

“Estamos numa situação em que a Assembleia Legislativa Regional se encontra dissolvida, mas assim que, na sequência das eleições de 04 de fevereiro se retomarem os trabalhos do parlamento, este é um compromisso que o PS assume, de apresentar uma proposta de Decreto Legislativo Regional, que possa, no fundo, atalhar esta situação, e garantir que, (…) aqui nos Açores, ela não se aplicará, fruto dessa proposta”, admitiu.

Em relação ao setor turístico no geral, o líder do PS/Açores alertou que, neste momento, existem alguns riscos.

Na sua opinião, apesar de os números darem conta de crescimento, é necessário “antecipar e preparar aquilo que podem ser riscos futuros”, como aqueles que resultam da redução da operação da Ryanair e o facto de os Açores estarem ausentes “da rede de comercialização” desta companhia de aviação.

“É tempo de recuperar um esforço de concertação entre todos os parceiros desta área (…), de promoção, de reforço da notoriedade dos Açores, em alguns mercados emergentes, como é o caso do mercado norte-americano”, defendeu.

Também considera que devem serem tomadas medidas que possam “atenuar os efeitos” dos riscos da redução da operação da Ryanair e também da privatização das duas companhias aéreas que operam nos Açores (Azores Ailines e TAP).

“É necessário reforçar essa notoriedade, de forma a permitir que um aumento da procura pelo destino Açores possa potenciar também o surgimento da oferta em termos de transporte”, rematou.

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