Como a Europa, a da UE, mutualista, também, perdeu a soberania tecnológica procura impor-se pela via da soberania digital, i.e., a famigerada forma de coagir, produzir regulamentação, para controlar os mercados e mesmo, com particular burocracia legitimar o controlo sobre o quê, como, quando, por quem, o que pode ser dito.

Ordem conferida, no percurso da assimetria moral autocontemplada, reintroduzido o imprimatur do século XVI, pela via digital credencia a virtude moral para expressão do pensamento e monopólio da Comissão Europeia. Esta instituição executiva de servidores públicos não eleitos, ipso facto, sem ‘legitimidade política’, e sob suspeita de atuar permanentemente à margem do sistema Cheks and Balances. Suspeita, digo, por ausência formal e dissimulação dos factos. Todavia, paulatim sed firmiter, a UE abriga na sua configuração uma estrutura de classe repressiva, formalmente, insisto.

Não nos esqueçamos que o Regulamento dos Serviços Digitais, (DAS) da UE administra sobre a liberdade de expressão como se de um serviço essencial se tratasse; serviço de fornecimento de água, serviço de fornecimento de energia elétrica, serviços postais, etc., e por aí fora, adotou à laia de normalização a privatização do discurso. Liberdade de expressão, na Europa da UE, “não é um direito, não um direito político”, através de uma Lei como meio pelo qual a Comissão Europeia define o que pode e o que não pode ser dito online. E como os recursos naturais podem ser privatizados, essa Lei de vigilância, também compreende a privatização da censura, por atos de vigilância digital. Uma derivada de diktat da Comissão Europeia, de poder discricionário, paradigmático do pior da memória e das fontes primárias sobre a disciplinar eliminação da dissidência.

Neste exercício semanal de diagnose política e de vislumbres, um certo corpúsculo, comparado com universo produtivo de gadgets noticiosos de desinformação não descansa; o presidente em exercício da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ‘cacique’ em franca expressão rogativa, servo da submissão progressiva do sistema enfermo de incerteza e instabilidade fez-se cúmplice fático para delito próprio de retórica, sobre o encontro em Washington e classificou-o, como “demonstração de genuína unidade entre a Europa e EUA”. Esta mentira para a infelicidade e para a marginalidade, concomitante solicitação, do padrão dos valores aparentes da cultura política do modelo ocidental, na rede de relações globais responde a hierarquias para além do limiar eleitoral nacional a consubstanciar assim o que justifica qualquer fundo de fomento desviado, significado jugulado do significante, assim, novos meios de obliterar o ranger do pensamento e cartelização do terrorismo de Estado.

Travestidos de servidores públicos, a fazer crer o Reino dos Fins, os Tomás de Torquemada deste tempo, tanto quanto decoradores da estética hagiográfica, no negócio do silêncio e cartelização do discurso têm dado provas recentes de inépcia burocrática, conformismo e acrítica ideologizados. Laboriosa falta de critérios e de comparação pertencente ao domínio das instituições, antes sob fontes de credo, movimento, partido, Estado, inquisição, despotismo, fascismo, nazismo e comunismo.

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