O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) tem a funcionar, em fase experimental, um novo portal na internet, para divulgação de informação relacionada com a atividade sismovulcânica na região, foi hoje divulgado.

O portal, criado em parceria com o Instituto de Vulcanologia da Universidade dos Açores (IVAR), está acessível em www.civisa.pt e “funcionará como sistema redundante e temporário até que a solução definitiva articulada com o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores para o IVAR/CIVISA fique concluída”.

O CIVISA adianta em comunicado que o novo portal na internet “se encontra acessível a partir de todo o território nacional e do estrangeiro, ultrapassando-se as restrições de segurança que impediam acessos ao antigo portal do exterior do país”.

Em março deste ano, o Governo Regional açoriano manifestou disponibilidade para reforçar o financiamento do CIVISA, para assegurar um serviço de “excelência”, após o registo de problemas no acesso ao ‘site’ em funcionamento há 15 anos.

“Com a minha governação, nós praticamente duplicámos os valores do financiamento e estaremos sempre disponíveis para termos uma excelência [de serviço]”, afirmou na ocasião o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro (PSD), o cargo desde o final de 2020, referindo-se ao financiamento do CIVISA.

Em setembro de 2023, o Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) duplicou o valor do apoio anual atribuído ao centro de informação, que passou de 300 mil para 600 mil euros, a partir desse ano.

Em entrevista à RTP Açores, o investigador João Luís Gaspar, do IVAR, que integra também a equipa do CIVISA, disse que a 11 de março, dia em que a ilha de São Miguel acordou com um sismo de 5,3 na escala de Richter, “muitas pessoas” se queixaram de não conseguir aceder ao ‘site’ do CIVISA.

João Luís Gaspar explicou que o ‘site’ foi implementado há 15 anos e que a tecnologia utilizada está obsoleta e carece de uma atualização urgente, indicando que os constrangimentos são recorrentes sempre que se verifica um volume de acessos em simultâneo acima do normal e que tal também impede as pessoas de submeterem os formulários que ajudam o CIVISA a caracterizar a intensidade dos sismos.

O CIVISA é a entidade responsável pela vigilância permanente de toda a atividade sismovulcânica e de outros perigos geológicos do arquipélago.

O organismo “nasceu da necessidade de se criar na Região Autónoma dos Açores uma entidade capaz de garantir um serviço de monitorização e vigilância vulcanológica” permanente, lê-se na página ‘online’.

“Sendo o Instituto de Vulcanologia e Avaliação de Riscos da Universidade dos Açores a única estrutura nacional com valências multiparamétricas na área da vulcanologia, mas não tendo vocação para funcionar como serviço permanente, foi criado o CIVISA com a natureza de associação privada sem fins lucrativos, por escritura pública, datada de 30 de julho de 2008, tendo como outorgantes a Região Autónoma dos Açores, o Fundo Regional da Ciência e Tecnologia e a Universidade dos Açores”, é referido.

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