Sem pretensões de retroação histórica do então Vaticano de Pio XII, nem da determinação do cardeal Bertram aos padres da sua diocese para celebrarem uma missa de réquiem pela morte de Hitler, nem, mas… sucessivo, o padre católico George Benedict Zabelka abençoou a tripulação do Enola Gay de partida para a destruição de Hiroxima… Por certo a Bomba Atómica não foi incluída no contexto do assassínio industrializado. Excluída a Igreja do motor moral, a inclusão seletiva da secularização, para melhor memória a ‘renascer’ no século XVII, já então em representação do poder espiritual, a catedral e em representação do poder temporal, o castelo e, ainda a espada e báculo, a ilustrarem cada, o divisor dos poderes com a finalidade concluída na diferença. Mas o processo de direito canónico para que Pio XII venha a ser canonizado não está encerrado por razões de Estado, o do Vaticano.
Neste tempo, mais do que uma bênção vale a conivência e a omertà e derivas atualizadas de censura e ingerências com evidências primárias do ‘liberal fascismo’ sob Trump a que tem resistido, por exemplo a Universidade Harvard. Se a semântica suscitar algum problema, recomenda-se a assessoria permanente de especialistas em diplomacia preventiva para a titular do cargo de Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, função criada pelo Tratado de Lisboa em 2007 – Vice-Presidente da Comissão Europeia por inerência ̶ por forma a antecipar as inevitabilidades da inabilidade e evitar as hostilidades consequentes. Um autêntico débâcle, pois nunca chamaria um erro de casting a alguém pouco habituado a pensar para além de agradar o Conselho Europeu, estrutura de cooptação do qual está refém e por isso agradar de hobbesiana de forma, “sórdida, brutal e curta” a custar uma autêntica fusão entre os valores europeus e a imanência autoritária.
A realidade da própria ordem internacional híbrida, exige porquanto a natureza da dupla função de representação diplomática e política, um protagonista à altura e não um ventríloquo. Ao mínimo imponderável revela o nexo de causalidade da vassalagem ao invés de qualquer diligência, como acontece perante Israel, descriminando-o positivamente e mutismo sobre o extremismo dos “ministros do caos” no abuso das [circunstâncias operacionais] assumidas, tais como e.g., a vala comum onde foram enterrados 15 paramédicos depois de assassinados pelas forças do Estado hebraico, um a um, confirmado pelas Nações Unidas.
As escolhas, por legitimidade política, ou colegial, aqui tratadas configuram mais do que objetos subsidiários de localização política prejudicial. Entre decisões sumárias, da primeira com Trump, e declarações, ingerência nas relações dos Estados-membros, aparentemente acéfalas de extensão, da segunda por Kaja Kallas, dislates conjugados com o premeditado “crime contra a paz” através dos pressupostos de crime do incentivo financeiro em prol do rearmamento europeu, via louvada ambiguidade da marca “Prontidão 2030” e capacidade para o assassínio industrializado já conhecido, ainda assim, excluem a Europa do concurso com as diplomacias das ‘petromonarquias’ árabes, Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos, e Omã, em prol de um entendimento entre as superpotências e o Irão.
A polissemia do “em grande progresso” de regresso ao mundo de Jim Crow, e purgas a favor do antissemitismo, do armamentismo, da Defesa e Segurança, resultam como road maps de sentido contrário… a rememorar 1933, por meio da supressão, intitulada “Para a Proteção do Povo e do Estado”, encontra hoje uma série de autores morais, no mínimo ‘condenados’ pelo insuspeito grupo de 970 militares da Força Aérea de Israel, ao assinarem um petição, na semana passada, contra o projeto de guerra sem fim de Benjamin Netanyahu.