O líder socialista Francisco César defendeu, esta terça-feira, a necessidade de estender à Região Autónoma dos Açores as medidas nacionais de apoio à aquisição de habitação, alertando para a urgência de aproveitar todos os fundos disponíveis face ao agravamento da crise habitacional no arquipélago.

Durante uma visita à freguesia de Ponta Garça, no concelho de Vila Franca do Campo, o candidato do PS às eleições legislativas regionais de 18 de maio sublinhou que “há um conjunto de apoios nacionais que deveriam ser estendidos a todo o país, nomeadamente os apoios para quem tem dificuldades em pagar a sua renda ou para quem suporta taxas de empréstimo demasiado elevadas”.

Francisco César defendeu, nesse sentido, um maior aproveitamento dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e sugeriu, igualmente, que os dividendos da Caixa Geral de Depósitos possam ser canalizados para financiar os municípios nas respostas habitacionais consideradas prioritárias.

“Nós precisamos de fazer diferente, porque o que está a ser feito não está a ter resultados”, vincou.

O líder socialista reforçou a ideia de que a Região necessita de uma nova abordagem no setor da habitação, com base em propostas concretas. Nesse âmbito, recordou as medidas apresentadas pelo PS no Orçamento da Região, como a criação de programas de parceria com privados para construção de habitação em terrenos públicos, disponibilizando posteriormente os imóveis a preços acessíveis.

“Temos de mudar a forma de agir nesta matéria. Os municípios estão a fazer a sua parte. Aqui, em Vila Franca do Campo, a autarquia reabilitou cerca de 28 apartamentos, para os quais se candidataram cerca de 300 famílias”, referiu, lamentando que, em contrapartida, o Governo Regional tenha construído, em média, “uma casa por ano” e se encontre com um atraso de cerca de seis meses nos pagamentos a quem beneficia do programa ‘Casa Renovada, Casa Habitada’.

Francisco César alertou ainda para o desajuste das atuais políticas habitacionais regionais, muitas das quais “já têm mais de cinco anos e ainda foram implementadas por governos do Partido Socialista”, defendendo a sua revisão e atualização para melhor responder às necessidades atuais da população açoriana.

 

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