A freguesia de São Bento, no concelho de Angra do Heroísmo, acolheu no passado dia 12 de abril de 2025 o I Congresso Internacional sobre Envelhecimento nos Açores, uma iniciativa que reuniu especialistas nacionais e internacionais, agentes comunitários e população em geral para refletir sobre os desafios e oportunidades associados ao envelhecimento numa sociedade em permanente transformação.
O congresso, que decorreu na Sociedade Recreativa de São Bento, arrancou com um momento musical protagonizado pelo Coro Allegro e pelo Coro da Universidade Sénior – Academia Oeste, num ambiente emotivo e inspirador que marcou o tom de todo o evento.
A sessão de abertura contou com a presença de várias figuras institucionais, entre as quais Ricardo Pocinho, Presidente da ANGES, Arnaldo Teixeira, Tesoureiro da Junta de Freguesia de São Bento, Fátima Amorim, Vereadora da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, e Mónica Seidi, Secretária Regional da Saúde e Segurança Social dos Açores. A condução dos trabalhos esteve a cargo da jornalista da RTP Açores, Tatiana Ourique.
Um dos momentos mais relevantes do congresso foi a mesa-redonda internacional “O envelhecimento à volta do mundo”, que trouxe diferentes perspetivas de Cabo Verde e Espanha, com a participação de Maria Natalina Silva e de Juan José Fernández Muñoz, proporcionando uma reflexão alargada sobre as diversas formas de encarar o envelhecimento em contextos culturais distintos.
O programa incluiu três painéis temáticos. No primeiro, “Os velhos deixam de ser felizes?”, foi abordada a relação entre envelhecimento, bem-estar e reinvenção pessoal. Seguiu-se “Quando é que nos tornamos velhos?”, que procurou desmistificar preconceitos associados à idade, numa abordagem inspiradora e motivacional. O último painel, intitulado “A felicidade é o caminho ou a chegada?”, promoveu uma reflexão intimista sobre espiritualidade, saúde mental e o sentido da vida na idade avançada.
As diferentes sessões foram enriquecidas pela participação de académicos, psicólogos, líderes religiosos, empresários e agentes culturais, como Bruno Seco, Rodrigo Maia da Silva, Pe. José Júlio Rocha, Flávia Bessa e Paulo Freitas, num debate sempre moderado por Tatiana Ourique.
Na cerimónia de encerramento, Francisco Melo, Vice-Presidente da ANGES, apresentou uma reflexão sobre o papel das instituições na promoção da felicidade e bem-estar dos seniores, encerrando assim um dia marcado pela partilha de experiências, conhecimento e inspiração.
Durante o congresso foram ainda atribuídas distinções de mérito social – grau ouro à Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e a várias personalidades pelo seu contributo para a valorização da idade e da cultura. Foram distinguidos Vasco Pernes, Luís Filipe Borges, Luís Godinho, Diniz Borges, Pe. José Júlio Rocha e Carlos Alberto Moniz, que emocionou os presentes com a interpretação do “Hino do Envelhecimento Ativo”, composto especialmente para esta ocasião.
Para Fátima Amorim, Vereadora da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, este congresso foi “um momento de grande importância para a nossa comunidade, pois coloca no centro da discussão um dos maiores desafios do nosso tempo: como garantir que o envelhecimento seja vivido com qualidade, dignidade e participação ativa na sociedade”.