Alguém patenteou a “passadeira vermelha”. O caminho interminável, por onde a Europa passa a vida a encenar-se, discrepante e no prolongamento dos estímulos à dúvida, à desconfiança em caixa de música de dar à corda, by kitsch.

Menos melodramático, envereda-se pela via mais assisada; a paródia, diria não por imitação clássica, mas enciclia por queda à água, dos contentores da política europeia. A considerar precisamente o trabalho autonomizado na disciplina das Relações Internacionais, estudo e soma coligida, vernáculo escrito para crédito, peca por substituir este domínio da Ciência Política – ciência do presente – por relatos dissolvidos, na sua maioria e interstícios permitidos pelas potências, em diversas conjugações.

Mea maxima culpa, anda a representante máxima da Comissão Europeia e séquito sob forma de dissimular a “indolência” europeia, com declarações extáticas de desejos de serem inteligentes e de exortação de “mentalidade de urgência”. Configuram, reações de fantoche na tentativa de se ilibar da fatalidade da exclusão das negociação de paz para a Ucrânia, por falta de condições para estarem à mesa. Os negociadores, leia-se as potências ‘capazes’ de alcançarem a ‘paz duradoira’ não ganharam esse direito, foi a Europa que o perdeu, ao falir, igualmente, a indústria reprodutiva de projeção de ideias preexistentes. O teorema de Thomas é esclarecedor!

Primeiro a pose e depois, baixar a política à reprodução de heróis trágicos, a que se junta, Emmanuel Macron, escolha esta por razões óbvias a tragédia dá-se precisamente quando o vilão consegue ser aceite como vítima ou condoer-se na sacralidade fotográfica. Desde o mito da fundação de Roma, para condicionar a bússola, cidade histórica de acolhimento de refugiados, ao tempo, à invenção europeia de pensamento civilizacional que as absolvições por crimes de Estado foram ritualizadas por aliança. Hoje estamos perante alternativas tributárias do passado; caos na Europa e a inevitabilidade de a fazer seguir o algoritmo que o posse comitatus dos EUA determinarem.

Quem paga, manda!

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