O Chega/Açores questionou hoje o Governo Regional sobre os custos para o grupo SATA e para a região da manutenção da base dos pilotos da Azores Airlines em Lisboa, propondo a mudança para o arquipélago.

Num requerimento enviado ao executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM através da Assembleia Legislativa Regional, o partido pede um relatório dos custos mensais e anuais da manutenção da referida base em Lisboa e dos voos de posicionamento para os pilotos da companhia aérea açoriana.

“Pondera o Governo Regional mudar a base de Lisboa da Azores Airlines”, questionam os cinco parlamentares do Chega açoriano, admitindo que “se poupariam alguns milhares de euros com esta mudança”.

Segundo um comunicado do partido, os pilotos “têm de voar frequentemente em voos de posicionamento – ‘dead head crew’ – desde a base de Lisboa até à base operacional da companhia nos Açores”, o que significa que esses lugares são ocupados “sem qualquer retorno financeiro para a companhia aérea”.

Além disso, é acrescentado, o facto de a base dos pilotos estar a mais duas horas de distância da base operacional, onde param grande parte dos voos internacionais operados pela SATA Internacional – Azores Airlines, “implica que [as horas] sejam contabilizadas para o período de descanso dos pilotos”.

“Na prática, implica uma possível redução do número de pilotos disponíveis, logo, uma redução de voos domésticos mais longos”, aponta o Chega/Açores.

O líder parlamentar do Chega/Açores, José Pacheco, citado na nota, considera que a situação “pode implicar um agravamento da situação financeira do grupo SATA”, daí que o partido questione o Governo Regional, enquanto acionista maioritário da empresa, “porque razão está a base de pilotos da Azores Airlines situada em Lisboa”.

Na semana passada, a bancada parlamentar do Chega também apresentou no plenário regional, na Horta, um projeto de resolução que recomendava ao Governo Regional dos Açores uma intervenção junto da SATA Internacional – Azores Airlines para alterar o local onde se situa a sua base aérea, que acabou por ser rejeitado por maioria.

O partido alegava que, sendo possível proceder à alteração da base aérea e estando esta sita no arquipélago, não só contribuiria “para o aumento do número de voos regulares de e para os Açores, como também para a contenção de gastos daquela companhia aérea”.

O grupo açoriano de aviação SATA integra as companhias Azores Airlines e SATA Air Açores, que operam uma rede de rotas regulares (regionais, nacionais e internacionais).

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