Os trabalhadores das instituições particulares de solidariedade social dos Açores vão beneficiar de um acréscimo salarial de 5,31%, a par de aumentos no subsídio de refeição e mais uma diuturnidade, na sequência de um acordo hoje assinado.

Na sequência da assinatura do acordo, o sindicalista Orlando Esteves, do Sintap/Açores – Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos, disse aos jornalistas que tem vindo a ser desenvolvido desde 2017 “um trabalho de melhoria da convenção coletiva de trabalho” que permite, “todos os anos, valorizar as categorias profissionais, os vencimentos e outras cláusulas de expressão pecuniária”.

Sintap, Sindescom – Sindicato dos Profissionais de Escritório, Comércio, Indústria, Turismo e Serviços e Correlativos da Região Autónoma dos Açores e União Regional das Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores (URIPSSA) assinaram hoje, nos Arrifes, no concelho de Ponta Delgada, o acordo alcançado.

O sindicalista frisou que “todos os anos tem havido boa vontade por parte da URIPSSA” para a valorização dos trabalhadores, que se estimam entre 1.800 a 2.000.

Já o dirigente do Sindescom, Paulo Mota, que também esteve envolvido nas negociações com a URIPSSA, destacou que “tem havido muita compreensão entre ambas as partes”, sendo “o saldo muito positivo”.

O sindicalista refere que o aumento do salário mínimo foi de 52,5 euros, valor de atualização salarial com efeitos retroativos a 01 de janeiro de 2025, sendo que há um aumento do subsídio de refeição de 8,33%, passando-se de 5,50 para seis euros, a par do aumento de uma diuturnidade.

O presidente da URIPSSA, João Canedo, declarou, por seu turno, que tem sido feito desde 2017 um trabalho que visa “valorizar a carreira dos trabalhadores” para dar “maior qualidade e eficiência ” no nível de prestação de serviços das instituições.

“Mas não é só isso que nós queremos e o que estivemos a fazer até agora foi acertar as carreiras, uma vez que havia [algumas] que não tinham progressão”, justificou o responsável.

João Canedo salvaguardou que, em termos salariais, “já são grandes as diferenças [com os trabalhadores] da função pública”, sendo que um técnico superior, por exemplo, terá um salário de 1.300 euros.

Acrescem as diuturnidades, o que “não existe na função pública”, além de haver 26 dias de férias nas instituições particulares de solidariedade social dos Açores.

O responsável destacou ainda o acordo feito com o Governo Regional, no âmbito das transferências para estes organismos para aumentar a massa salarial dos trabalhadores, lembrando que “antigamente iam para as instituições particulares de solidariedade social aqueles que não tinham mais lugar nenhum” e hoje é possível selecionar as pessoas face à procura.

 

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