O representante da República para os Açores, Pedro Catarino, manifestou hoje “profunda tristeza” pela morte de Vasco Rocha Vieira, “português ilustre cuja integridade, dedicação à pátria e notável ação ficarão para a história”.
Numa nota divulgada pelo gabinete do representante da República para os Açores, Pedro Catarino recorda que o tenente-general desempenhou as funções de ministro da República para a Região Autónoma dos Açores de julho de 1986 a abril de 1991, tendo posteriormente durante mais de oito anos, exercido o cargo de governador de Macau até à transferência de poderes de Portugal para a China, em 20 de dezembro de 1999.
“Apresentamos à sua mulher e família a expressão da nossa simpatia e as nossas sinceras condolências”, lê-se ainda na nota.
Vasco Rocha Vieira, último governador português de Macau e antigo chefe do Estado-Maior do Exército, morreu hoje de madrugada aos 85 anos, confirmou à Lusa fonte oficial daquele ramo militar.
Vasco Joaquim Rocha Vieira nasceu em 16 de agosto de 1939. Por ser chefe do Estado-Maior do Exército, foi, por inerência, membro do Conselho da Revolução entre 1976 e 1978. Em 1991 foi nomeado para governador de Macau pelo então Presidente da República português, Mário Soares.
Em 2015, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada pelo ex-Presidente Cavaco Silva.
Anteriormente, fora condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (1986), atribuída pelo general Ramalho Eanes, com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo (1996), conferida por Mário Soares, e com o Grande Colar da Ordem do Infante D. Henrique (2001), atribuída por Jorge Sampaio, uma condecoração atribuída excecionalmente, já que é normalmente destinada a chefes de Estado.
Era licenciado em Engenharia Civil e tirou vários cursos e especialidades, incluindo o Curso Geral de Estado-Maior, o Curso Complementar de Estado-Maior, o Curso de Comando e Direção para General Oficial e o Curso de Defesa Nacional.