Joaquim Machado, Deputado do PSD/Açores ALRAA

Tipicamente, o socialismo promete o que não tem e dá o que não é seu. A história confirma esta prática, até há pouco habilmente executada na República e mais atrás nos Açores. Mas o bichinho está lá, infiltrado nas profundas convicções socialistas, com incontrolável avidez, mais ainda quando na oposição pouco além se pode ir do que oferecer uma alternativa. Sem projeto e consistência, resta ir iludindo os menos atentos e permeáveis ao descaramento político.

Exemplos não faltam. Fiquemos pelos que se seguem.

Um destes dias, no afã de mostrar serviço a baixo custo, entenda-se, trabalho, o líder do PS/Açores apropriou-se com toda a ligeira do que outros vão empreendendo, outros partidos, entenda-se. Foi o caso da proposta de Lei sobre o subsídio social de mobilidade para imigrantes de países não comunitários a viver nos Açores. Sem rebuço, César clamou, pasme-se, que o PS “aprovou na Assembleia Legislativa dos Açores uma iniciativa que defende a inclusão de todos os emigrantes”. Perceberam a habilidade da criatura? Aprovou a proposta… do PSD, CDS e PPM! Mas isso ele não disse. Um caso típico de proeza máxima por trabalho mínimo.

Por mimetismo ou fiel seguidismo, o novel presidente do município da Lagoa seguiu-lhe as pesadas, bradando com euforia que a Google, isso mesmo, escolheu o seu concelho para amarrar o respetivo cabo de fibra ótica, que ligará a Europa ao continente americano. A apropriação não podia ser mais sofisticada. O Governo Regional negociou com a Google mas os louros ficam na Lagoa, à conta de um expert, melhor dizendo, de um espertinho.

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