Sete municípios dos Açores anunciaram hoje uma candidatura conjunta à Cidade Europeia do Vinho de 2026, destacando o potencial dos eventos organizados na promoção internacional do vinho produzido na região e do destino enoturístico.

“É a forma de podermos promover a nossa produção de vinho, a nossa região, a nossa cultura, a nossa tradição para outros palcos europeus e poder assumir que esta é uma mais-valia para a região”, afirmou a presidente da Câmara Municipal da Madalena, Catarina Manito, porta-voz da candidatura.

A autarca falava, em declarações aos jornalistas, no final da primeira reunião presencial de preparação da candidatura, que ocorreu na Praia da Vitória, na ilha Terceira.

Integram a candidatura sete municípios açorianos membros da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV): Madalena, Lajes e São Roque, da ilha do Pico, Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, da Terceira, Santa Cruz, da Graciosa, e Vila do Porto, de Santa Maria.

“Só faz sentido sermos candidatos a Cidade Europeia do Vinho se formos todos juntos, porque estamos a falar de uma produção vitivinícola singular característica”, disse Catarina Manito.

Em 2026, a Cidade Europeia do Vinho será portuguesa e a escolha será realizada no dia 30 de abril de 2025 pela Associação de Municípios Portugueses do Vinho.

Os municípios do Alentejo e do Algarve já anunciaram candidaturas, mas a autarca da Madalena acredita que os Açores têm hipóteses de ser selecionados.

“Queremos transmitir aos membros da AMPV que vão votar neste dia que somos uma região singular na produção vitivinícola. Não somos de produção em massa, não é isso que nós queremos, mas produzimos algo muito especial no meio do Atlântico, juntamente com toda a nossa cultura, tradição e gastronomia”, salientou.

Catarina Manito defendeu que os Açores têm uma produção vitivinícola singular, que apesar de apresentar diferenças de ilha para ilha tem em comum “a mesma salinidade e a mesma característica açoriana”, que atrai enoturistas de várias partes do mundo.

“Quando abrimos uma garrafa de vinho nos Açores, não bebemos só bom vinho, bebemos uma história, uma capacidade de produção completamente distinta de todos os lugares no mundo que possamos conhecer”, sustentou.

Os municípios açorianos estão já a programar eventos a incluir nas comemorações da Cidade Europeia do Vinho, que admitem realizar, mesmo se a candidatura não for aprovada.

A autarca da Madalena destacou a “união destes municípios em torno da promoção da região Açores e em torno da promoção do vinho”, que resulta da candidatura.

“É algo que permitirá criar para o enoturista que visita a região, eventualmente, uma ideia de roteiro visitável, onde poderá ver diferentes produções vinícolas e provar aqueles vinhos que tão bem nos caracterizam e que são tão diferentes dentro de uma região tão pequenina como a nossa”, apontou.

A candidatura dos Açores tem como mote “Azores, The Best Reason to Toast” (Açores, a melhor razão para brindar).

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