A Polícia de Segurança Pública (PSP) Açores, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) e a Guarda Nacional Republicana (GNR) lançam, a partir de amanhã, a Campanha de Segurança Rodoviária “Ao volante, o telemóvel pode esperar”.
Esta iniciativa, integrada no Plano Nacional de Fiscalização (PNF) de 2025, decorrerá entre os dias 14 e 20 de janeiro, com o objetivo de sensibilizar os condutores para os riscos e consequências, muitas vezes fatais, do uso indevido do telemóvel durante a condução.
A campanha visa destacar a gravidade das distrações ao volante. Dados indicam que, a uma velocidade de 50 km/h, desviar os olhos para o telemóvel durante apenas três segundos corresponde a percorrer 42 metros com os olhos vendados, o equivalente ao comprimento de uma fila de dez veículos.
Estudos revelam ainda que a utilização do telemóvel ao volante quadruplica a probabilidade de envolvimento em acidentes e aumenta o tempo de reação a imprevistos mais do que o efeito de uma taxa de álcool no sangue de 0,8 g/l.
No âmbito da campanha “Ao volante, o telemóvel pode esperar”, estão previstas diversas ações: sessões de sensibilização conduzidas pela ANSR no território continental e por serviços regionais nos Açores e na Madeira; operações de fiscalização intensiva a cargo da PSP e da GNR, focando-se em vias de elevado tráfego e locais estratégicos, conforme o PNF de 2025, para reduzir o risco de acidentes e promover comportamentos mais seguros ao volante.
A PSP, a ANSR e a GNR reforçam que o uso de dispositivos eletrónicos durante a condução compromete gravemente a segurança: condutores distraídos demoram mais a identificar e reagir a perigos iminentes; executar simultaneamente as tarefas de conduzir e usar o telemóvel provoca lapsos de atenção e erros de julgamento; a utilização de telemóveis dificulta a interpretação de sinais de trânsito e o cumprimento de regras de prioridade, nomeadamente em relação a peões.
À semelhança do que ocorreu em 2024, ao longo deste ano serão desenvolvidas novas campanhas de sensibilização e operações de fiscalização com o mesmo foco. A sinistralidade rodoviária não é uma inevitabilidade.
As suas consequências mais graves podem ser prevenidas com comportamentos responsáveis e seguros na estrada, lembra a iniciativa conjunta das autoridades de segurança e fiscalização.