O Chega/Açores submeteu hoje um requerimento no parlamento açoriano onde pede esclarecimentos ao Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) sobre o aumento “abrupto” do preço do gás, defendendo que a subida deveria ter sido feita de forma “faseada”.

Em comunicado, o partido alerta para as “consequências diretas” do aumento do preço do gás butano na “vida quotidiana de cada açoriano”.

“Os parlamentares pretendem explicações sobre o aumento tão abrupto do preço do gás nos Açores (…), justificando que se trata de um pesado encargo para a vida familiar dos açorianos”, lê-se na nota de imprensa.

O Chega, que tem cinco deputados na Assembleia Regional, pede esclarecimentos ao Governo Regional sobre a forma de cálculo que sustenta a subida dos preços e perguntam ao executivo pelas razões que levaram a que o aumento “não fosse diluído ao longo do tempo para que não fosse tão sentido”.

“O Chega entende que este aumento deveria ter sido faseado, para que as famílias se conseguissem adaptar aos novos preços, tendo em conta que este é um bem essencial”, realça o partido.

Os preços da gasolina, do gasóleo e do gás butano registam aumentos em janeiro nos Açores, de acordo com um despacho publicado em 27 de dezembro em Jornal Oficial.

O executivo açoriano justificou o ajustamento no preço máximo de venda ao público com as “recentes variações no mercado internacional das cotações de referência dos produtos petrolíferos e energéticos”.

O gás butano vendido ao público, no estabelecimento do revendedor, em garrafas de 26 litros ou mais, passou a custar 1,828 euros por quilo, mais 78 cêntimos por quilo do que em dezembro.

Já o gás butano vendido em garrafas de 24 litros, construídas em materiais leves (até oito quilos de vasilhame), subiu 44,5 cêntimos, para 1,973 euros por quilo.

O gás butano canalizado registou um aumento de 42 cêntimos, em janeiro, passando a custar 1,828 euros por quilo, enquanto o gás butano a granel subiu 7,8 cêntimos para 1,426 euros por quilo.

Também em 27 de dezembro, o Governo dos Açores justificou o aumento do preço dos gases de petróleo liquefeitos, a partir de janeiro, com a adoção de uma nova fórmula de cálculo, por recomendação do Tribunal de Contas e pressão dos distribuidores.

Numa nota de imprensa, a Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas do executivo PSD/CDS/PPM alega que o aumento dos preços máximos de venda ao público resulta da “adoção de uma nova fórmula de cálculo para a fixação do gás, de acordo com a recomendação do Tribunal de Contas”.

Segundo a tutela, a nova fórmula, sustentada por um estudo técnico realizado por um consultor externo, “passa a ter o custo do produto atualizado mensalmente de acordo com cotações internacionais, tal como se verifica nos restantes combustíveis”.

 

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