O PS/Açores questionou hoje o Governo Regional sobre o transporte de doentes entre o hospital de Ponta Delgada e o hospital modular, afirmando que há dificuldades, “especialmente em situações de emergência”.
Num requerimento entregue na Assembleia Legislativa Regional, o grupo parlamentar do PS/Açores sustenta que “persistem relatos de dificuldades no funcionamento articulado entre estas duas unidades, especialmente em situações de emergência”, numa alusão ao transporte de utentes entre o hospital modular e o edifício principal do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES).
O maior hospital dos Açores, que funciona para a região como um hospital central, foi alvo de um incêndio em 04 de maio que obrigou a deslocalizar doentes, profissionais de saúde e equipamentos para outras unidades de saúde públicas e privadas da região, da Madeira e do continente.
O Governo dos Açores avançou entretanto para a instalação de um hospital modular em terrenos do HDES para suprir dificuldades enquanto não se realizam obras no hospital de Ponta Delgada.
Numa nota de imprensa, o maior partido da oposição, através do deputado Russell Sousa, informou que interrogou o executivo açoriano “sobre o tipo de viaturas utilizadas, se estas pertencem ao Serviço Regional de Saúde dos Açores ou são alugadas” e, neste caso, “quais as condições contratuais e os custos associados ao aluguer”.
O parlamentar quer ainda apurar dados sobre a presença de profissionais de saúde durante os transportes e as suas respetivas categorias e “qual o protocolo atualmente definido para garantir o transporte seguro e eficaz dos referidos doentes”.
Russell Sousa sustenta que a instalação do hospital modular “trouxe desafios acrescidos em termos logísticos, dado o seu funcionamento descontínuo e a necessidade de deslocação de pacientes” para o edifício principal do HDES.
Em 31 de outubro, a secretária regional da Saúde dos Açores reiterou que a conclusão da construção do hospital modular do HDES deverá acontecer até final do ano, não havendo informações contrárias por parte do construtor.
Mónica Seidi referiu que se pretende ter “todo o hospital em pleno no último trimestre deste ano”, estando-se a aguardar a entrega de equipamentos que estão pendentes para equipar o hospital modular.
A governante intervinha na comissão parlamentar dos Assuntos Sociais.