Gualter Furtado

Estou próximo dos 72 anos e já caço há mais de 60 anos, e não é agora que estou próximo do fim que vou mudar de opinião, de que a caça quando praticada com ética, respeito pelos animais, incluindo os nossos amigos cães de caça, salvaguardando o meio ambiente, valorizando a componente social, desfrutando a gastronomia cinegética, contribuindo para a correção demográfica das espécies cinegéticas e a sua pressão excessiva na agricultura, com práticas sustentáveis, e com regras de segurança adequadas, é uma atividade natural, com história, diria mesmo cultural, e longe dos malefícios e barbárie com que a querem rotular.

Não me vou recorrer do papel que a caça desenvolveu na história da evolução da humanidade, designadamente no seu desenvolvimento, mas apenas recordar na atualidade qual o papel regulador que o caçador tem por exemplo perante um excesso de população de coelhos bravos, dos impactos que tem na agricultura?, se não fossem os caçadores, qual a resposta que tem sido encontrada em vários países e regiões, incluindo a nossa?: a resposta é que se conhece, a do recurso ao combate aos coelhos bravos pela utilização de vírus, como é o caso da febre hemorrágica (DHV) que provoca mortandades elevadas, condicionando mesmo a existência futura da espécie.

Com a prática da caça não só se controla a sua dimensão demográfica, mas pode-se garantir a sua sustentabilidade, a que acresce o aproveitamento da sua carne para a alimentação humana.

Em síntese, se não fosse a caça regulada e vários animais e espécies consideradas no ato venatório já tinham pura e simplesmente desaparecido do planeta, os exemplos são muitos.

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