O líder do Chega/Açores disse hoje que houve abertura do Governo Regional (PSD/CDS/PPM) para acolher medidas propostas pelo partido no Orçamento da Região para 2025, revelando que se irá reunir mensalmente com o executivo açoriano.

“O líder parlamentar do Chega, José Pacheco, mostrou-se satisfeito com a abertura do Governo Regional para algumas medidas que são bandeira do Chega, como a habitação para a classe média, a melhoria de condições para a agricultura e pescas, o investimento na saúde, a requalificação de algumas estradas, ou mesmo a melhoria das condições de trabalho dos bombeiros dos Açores”, indicou o partido, em comunicado de imprensa.

O presidente do Chega/Açores, que lidera também a bancada parlamentar na região, revelou que se reuniu hoje com o presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, com o secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Duarte Freitas, e com o diretor regional do Orçamento e Tesouro, José António Gomes, “onde foram prestados esclarecimentos adicionais acerca das antepropostas de Plano e Orçamento para 2025”.

“Foram abordados pontos específicos dos quais o Chega não abdica, como, por exemplo, a habitação e a necessidade de se apostar na autoconstrução e no arrendamento com opção de compra”, lê-se no comunicado.

Segundo o partido, este encontro de trabalho “acaba por ser o cumprir de um acordo plurianual assumido entre o Governo Regional e o Chega/Açores”.

“Uma base de diálogo entre ambos, onde estão já agendadas reuniões mensais durante o próximo ano, para acompanhamento da execução do Plano e Orçamento para 2025”, acrescentou.

Entre os temas abordados na reunião, o Chega destacou ainda “as verbas afetas à agricultura, nomeadamente [para] caminhos agrícolas”, e “as verbas destinadas às pescas, para se chegar a uma solução para as gruas avariadas e sem manutenção”.

O partido defendeu que “é preciso debelar o quanto antes” a problemática das dependências “com um plano de combate e prevenção” e insistiu que “é preciso acelerar o processo de reabertura e a remodelação das urgências” do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, afetado por um incêndio em maio.

Segundo o Chega, foram ainda temas da reunião “as opções destinadas à cultura”, “alguns pontos específicos para melhorar a estratégia turística da região” e o “buraco financeiro” da companhia aérea regional SATA.

O partido referiu também “a privatização de algumas empresas do setor público empresarial regional” e “a alienação de algum património da região, que está a degradar-se e sem utilidade”.

O Orçamento dos Açores para 2025 atinge os 1.913 milhões de euros e o Plano de Investimentos 818 milhões, anunciou em 30 de setembro o secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades, Paulo Estêvão.

Os documentos serão debatidos e votados na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores em novembro.

PSD, CDS-PP e PPM, que governam a região desde 2020, não têm maioria absoluta no parlamento açoriano, somando 26 deputados, menos três do que os necessários para garantir a aprovação de propostas.

O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos, seguido do Chega, com cinco. BE, IL e PAN elegeram um deputado regional cada, completando os 57 eleitos.

Nas audições com o presidente do Governo Regional sobre as antepropostas de Plano e Orçamento, PS e Chega manifestaram disponibilidade para viabilizar os documentos, mediante a negociação de propostas com o executivo açoriano.

 

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