O líder do Chega/Açores manifestou-se hoje contra um programa específico para a comunicação social privada, defendendo que deve aceder aos apoios disponíveis para qualquer empresa que opera no mercado.
Citado num comunicado do Chega/Açores, José Pacheco salienta que existem “muitos profissionais que não estão a ser tratados com dignidade” e que o partido não coloca “os jornalistas nem acima nem abaixo” de outros relativamente às questões laborais.
O Governo dos Açores anunciou hoje que irá propor a criação de um apoio extraordinário aos órgãos de comunicação social privados com um valor global até 480 mil euros, salientando que a subvenção pública “é um dever da democracia”.
Nos Açores, desde 2006 que existe um Programa Regional de apoio à Comunicação Social Privada, designado por Promedia.
O apoio extraordinário pretende ser cumulativo com o sistema de incentivos à comunicação social privada que está em vigor nos Açores.
“Não podemos concordar que o Estado pague a jornalistas, ou a empresas privadas de jornalismo, porque depois têm de obedecer à voz do dono”, salienta José Pacheco, que esteve hoje reunido com a Direção Regional dos Açores do Sindicato dos Jornalistas, para apresentação das propostas feitas por aqueles profissionais, no âmbito da revisão do Promedia.
O líder do Chega/Açores, que defende a extinção do Promedia, recorda que existem diversos apoios para empresas privadas, insistindo que “o que as empresas de comunicação social têm de fazer é concorrer a esses apoios”.
“Não podemos aprovar programas que vão beneficiar empresas de comunicação social para serem a máquina de propaganda de qualquer Governo ou partido”, acrescenta, salientando que, apesar de ser “o primeiro a defender o jornalismo”, entende que “não devem ser os contribuintes a pagar esta atividade”.
“Em nenhuma democracia adulta e séria – como queremos que seja a nossa – temos o Estado a pagar empresas de comunicação social. Isso não existe, é uma deturpação da democracia”, alega.