O presidente do PS/Açores reiterou hoje a disponibilidade do partido para viabilizar o orçamento da região, mas disse que cabe ao executivo PSD/CDS/PPM escolher se quer o contributo dos socialistas ou apoiar-se numa “força extremista e retrógrada”.

“Nós já fizemos a nossa opção. Não pedimos. Oferecemos a nossa contribuição. O Governo Regional escolherá, nesses contextos, se quer aproveitar a oportunidade de poder ter um orçamento que inclua o nosso contributo ou se vai permanecer no atalho que tem favorecido de se apoiar na força extremista e retrógrada com quem se embrulham, dia sim dia não, na desorientação em que temos vivido”, afirmou.

O presidente do PS/Açores, Francisco César, falava na sessão de encerramento do 19.º congresso regional do partido, em Ponta Delgada, o primeiro desde que foi eleito.

PSD, CDS-PP e PPM, que governam a região em coligação desde 2020, elegeram, em fevereiro, 26 deputados em 57 no parlamento açoriano, por isso necessitam de três votos favoráveis para fazer passar as suas propostas.

No dia 16 de setembro, o presidente do executivo açoriano, José Manuel Bolieiro recebeu todos os partidos com assento parlamentar e os dois maiores partidos da oposição, PS e Chega, manifestaram disponibilidade para negociar a viabilização do orçamento para 2025.

Francisco César reiterou hoje a disponibilidade do PS para viabilizar o Plano e Orçamento para o ano de 2025, se houver “um entendimento em 11 medidas”, das quais destacou um apoio urgente ao alojamento dos estudantes deslocados, um programa para incentivar o aumento da oferta no acesso à habitação, um plano específico centrado na frequência do ensino superior e um programa extraordinário de redução de listas de espera de cirurgia.

“É ao Governo que cabe, primeiramente, procurar os acordos que permitam a viabilização deste Plano e Orçamento. Não obstante, nós não podemos ignorar a precariedade da situação económica e social que a região atravessa. Como ainda ontem disse, é preciso reagir. É preciso agir já e o PS, mesmo na oposição, vai contribuir para isso”, vincou.

As propostas de Plano e Orçamento para 2025 serão discutidas e votadas na Assembleia Legislativa dos Açores em novembro.

No sufrágio de fevereiro, PSD, CDS-PP e PPM elegeram 26 deputados, ficando a três da maioria absoluta. O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos, seguido do Chega, com cinco. BE, IL e PAN elegeram um deputado regional cada, completando os 57 eleitos.

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