O PAN/Açores entregou na Assembleia Regional um projecto de resolução para a criação de uma estratégia de prevenção e combate ao suicídio, alegando que o modelo atual “não atende” às necessidades populacionais, foi hoje anunciado.

Segundo o partido, esse projeto de resolução foi enviado na quinta-feira e defende a criação de uma estratégia “abrangente e musculada, através de uma intervenção sistémica e integrada”, com medidas de combate e prevenção “eficazes”.

O projeto de resolução propõe ainda um aumento de profissionais de saúde mental afetos ao Serviço Regional de Saúde.

No entender do PAN/Açores, o modelo vigente para a saúde mental “não atende de forma adequada às necessidades da população açoriana”, propondo uma “estratégia ajustada à realidade insular, que permita reduzir as taxas de suicídio.

A estrutura partidária considera que este é um tema que deve ser reconhecido como “um problema de saúde pública”.

“Embora estejamos a assinalar o mês da prevenção do suicídio, é importante falar sobre este fenómeno nos outros 11 meses do ano, como forma de quebrar o estigma. Urge combater os números avassaladores da taxa de suicídio da região. Temos de criar uma estratégia eficaz para a prevenção ao suicídio. É fulcral uma sociedade compassiva com as problemáticas de saúde mental e respetivas consequências, para travar este fenómeno”, afirma o porta-Voz do PAN/Açores e deputado único do partido, Pedro Neves, citado numa nota de imprensa.

O partido aponta para o “parco investimento” em políticas de saúde mental que apostem, sobretudo, na prevenção, nos Açores.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, “o suicídio constitui um problema grave de saúde pública, sobretudo, devido à sua complexidade altamente estigmatizada, o que dificulta o estudo do fenómeno e aplicação de mecanismos eficazes”, alerta ainda.

É, por isso, necessária “uma estratégia multidisciplinar ajustada à realidade regional, especialmente se consideradas as problemáticas arquipelágicas, fruto, por exemplo, dos comportamentos de risco, como as dependências”, refere o PAN.

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