O Secretário Regional do Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel, assinalou, esta quarta-feira, dia 31 de julho, o Dia Mundial do Vigilante da Natureza, com a realização de um Encontro Regional de Vigilantes da Natureza, na ilha Terceira.

O governante enalteceu o papel fundamental dos Vigilantes da Natureza para a proteção do extraordinário património natural dos Açores, “representando a linha da frente para a defesa da qualidade ambiental, para a conservação e valorização do património natural, e, em última instância, para assegurar o próprio desenvolvimento sustentável da Região”.

“O Governo Regional, através desta Secretaria, tem assumido como prioritária a melhoria das condições do trabalho dos nossos Vigilantes da Natureza, ao longo destes últimos três anos, em reconhecimento da importância do papel do Vigilante da Natureza para esta exigente missão e da sua relevância ao nível da colaboração com diversos departamentos da Administração Pública Regional e Local, bem como para a sensibilização e educação ambiental”, sublinha .

“O Governo Regional realizou um esforço financeiro muito significativo, para dotar e capacitar do ponto de vista operacional a atividade dos Vigilantes da Natureza”, prosseguiu.

Alonso Miguel destacou o reforço do corpo de Vigilantes da Natureza com a contratação de mais 12 efetivos e a aquisição de equipamentos fundamentais para uma adequada atuação dos Vigilantes, designadamente viaturas pick-up, embarcações pneumáticas e maquinaria, num investimento de cerca de um milhão de euros.

“Foram também promovidas diversas formações e adquiridos drones para cada um dos nove Serviços de Ambiente e Alterações Climáticas, representando um investimento de cerca de 60 mil euros, e que estão ao dispor do corpo de Vigilantes da Natureza”, frisou.

O Secretário Regional referiu ainda que “o processo de aquisição global de fardamento dos Vigilantes da natureza se encontra concluído, com exceção apenas da aquisição do equipamento de montanha, para os Vigilantes do Pico, para que seja possível garantir uma presença mais regular no trilho da montanha, que no seu global representa um investimento que ultrapassa os 100 mil euros, nos últimos três anos”.

Alonso Miguel demonstrou “insatisfação e desilusão” por se ter verificado, no âmbito da valorização da carreira dos Vigilantes da Natureza, após a garantia deixada, pelo anterior Governo da República, através do Senhor Secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, no âmbito do Encontro Mundial de Vigilantes da Natureza, realizado em outubro do ano passado, no Faial, de que até ao final de 2023 seria revista a carreira, o não cumprimento desse compromisso.

O governante salientou que “da parte do Governo Regional, dentro das competências próprias, foram promovidos 17 Vigilantes da Natureza, com efeitos a partir do dia 1 de agosto”.

No final da cerimónia, o Secretário Regional do Ambiente e Ação Climática agraciou os Vigilantes da Natureza mais antigos dos Açores com louvores, “como forma de um justo reconhecimento pelo trabalho prestado e pelo contributo dados para a preservação ambiental, ao longo de mais de 20 anos”.

Este encontro , que decorre ao longo de 2 dias, contempla uma componente formativa, com uma formação ministrada pela Inspeção Regional do Ambiente, subordinada ao tema da “contraordenação ambiental e elaboração dos autos de notícia”, bem como um conjunto de atividades de campo, como a realização do trilho pedestre Algar do Carvão – Furnas do Enxofre, promovido e mantido pela Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática, em área de Parque Natural de Ilha, e visitas a várias zonas de intervenção dos projetos LIFE a decorrer na Ilha Terceira.

Este trilho resulta do trabalho efetuado pela equipa de operacionais da Secretaria Regional do Ambiente e Açã Climática e permite uma ligação pedestre entre os Monumentos Naturais do Algar do Carvão e das Furnas do Enxofre, oferecendo magníficas vistas panorâmicas sobre diversas formações geológicas e geossítios, como a Caldeira Guilherme Moniz, o Pico Alto ou a Caldeira de Santa Bárbara e Mistérios Negros, possibilitando caminhar ao longo de manchas de floresta Laurissilva e de flora autóctone e ainda visitar o Campo Fumarólico das Furnas do Enxofre.

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