Joaquim Machado, Deputado do PSD/Açores ALRAA

Terminou a regência na direção dos socialistas açorianos. O poder volta à família, de onde verdadeiramente nunca saiu. E, ainda que faltando o congresso para a devida entronização, o novo chefe já se apresenta em público como príncipe mandante. Às segundas, sábados e domingos cá o teremos a sentenciar doutoralmente sobre o que vai na praça e para além dela.

Francisco foi à escola, lugar onde nunca se sentiu propriamente à-vontade – poucas vezes o ouvimos discorrer sobre educação, dos meandros pedagógicos, didáticos, metodológicos à administração escolar. Mas ainda que tarde, o regresso à escola é um sinal positivo, quiçá de quem se dispõe a aprender toda a vida, como é desejável.

O primeiro aparecimento com tiques de liderança não foi brilhante, longe disso. Como dizia Nemésio, “colou com cuspo uns tarjões” e o resultado não foi brilhante. Afinal, uma cábula nunca substituiu o bom conhecimento e, como se sabe, o diabo está nos detalhes. Francisco começou por falar de “abandono escolar precoce”, uma designação há muitos anos substituída por “abandono precoce de educação e formação”, que é coisa substancialmente diferente. É verdade que somos das piores regiões da Europa neste indicador, mas seria bom ter dito que o melhor valor de sempre se registou em 2023…

Quanto à ambição do governo e à do novo PS – 15% em 2030 e a melhor da União Europeia numa geração (25 anos?) – parafraseando Guterres, é fazer as contas.

Francisco já percebeu que a caminhada é longa e o primeiro exame espreita. Nas eleições autárquicas de 2025 não há lugar para cábulas.

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