O socialista Francisco César, que foi hoje eleito presidente do PS/Açores, anunciou que pretende “inaugurar uma nova forma de fazer política” na região, para que os açorianos tenham um futuro “mais próspero e mais risonho”.
“É para isso que nos propomos. Inaugurar uma nova forma de fazer política que nós esperamos que possa, antes de tudo, demonstrar àqueles que votam, aos nossos cidadãos, aos açorianos e às açorianas, que o PS está aqui para os ajudar a ter um novo futuro, mais próspero e mais risonho, onde todos verdadeiramente têm lugar”, afirmou o novo líder socialista nos Açores.
Francisco César foi hoje eleito presidente do PS/Açores, num ato eleitoral em que foi o único candidato, tendo obtido 93,3% dos votos, segundo o partido.
“Num ato eleitoral em que foram chamados às urnas 4.720 militantes socialistas, em 46 mesas distribuídas pelas nove ilhas dos Açores, foram ainda eleitos os 150 delegados ao XIX Congresso ordinário do PS/Açores, que se realizará entre os dias 27 e 29 de setembro próximo, na ilha de São Miguel”, informou o PS/Açores em comunicado.
Em declarações aos jornalistas, o novo líder socialista açoriano referiu que o partido está na oposição (o Governo Regional é formado pela coligação PSD/CDS-PP/PPM) mas, na sua opinião, “ser oposição não quer dizer estar contra”.
“Ser oposição, quer dizer construir, apresentar alternativas, estar de acordo naquilo que é fundamental, naquilo que interessa a todos, naquilo que é comum, como grandes obras, como a própria questão da [companhia aérea] SATA, como outras matérias, como o desenvolvimento da própria autonomia, mas também apresentar caminhos alternativos na área da educação, na área da saúde, na área da habitação, na área do funcionamento do Estado social”, afirmou.
O socialista, que sucede no cargo a Vasco Cordeiro, presidente do PS/Açores desde 2013, acrescentou que a sua liderança marcará o início de “um novo ciclo” e de “um novo futuro” para o PS.
“O objetivo desta candidatura, com os resultados que tivemos e com a minha eleição enquanto presidente do partido, é podermos inaugurar aqui um novo futuro, como dizia. Nós colocarmos em cima da agenda um conjunto de áreas que são, a nosso ver, prioritárias para os Açores”, disse.
E prosseguiu: “Falo da questão da saúde, falo da questão dos rendimentos, falo da questão dos serviços públicos, nomeadamente o acesso à saúde. Falo daquilo que sustenta tudo isto que é a economia”.
Na educação, o sétimo líder socialista açoriano apontou que a região voltou a ser a pior do país e uma das piores da Europa no que diz respeito ao abandono precoce da escola.
“Isso não pode acontecer. Nós não podemos ter resultados de 21%, quando a média do país é [de] cerca de 8% e o objetivo da União Europeia, é cerca de 9%”, salientou.
Questionado sobre as eleições autárquicas do próximo ano, o dirigente referiu que o partido tenciona melhorar os resultados e “tentar ter mais votos do que o principal partido concorrente”, daí que a preparação vá começar logo no dia a seguir ao Congresso, que irá decorrer em setembro.
“Vamos ter o cuidado de poder escolher aqueles que são os melhores candidatos, e que servem os melhores projetos políticos, a cada um dos municípios dos Açores”, prometeu Francisco César.
O PS detém atualmente a liderança de nove das 19 câmaras municipais do arquipélago.
Francisco César, 45 anos, formado em Economia, é deputado e vice-presidente da bancada do PS na Assembleia da República, sendo ainda membro dos secretariados nacional e regional do partido.
O socialista, que já foi deputado e líder da bancada do PS na Assembleia Regional dos Açores, é filho de Carlos César, atual presidente do PS e antigo presidente do Governo Regional açoriano.