A celebração da cultura e da “profunda conexão” da comunidade com o mar é o mote do Festival Maravilha, que decorre no Faial de 06 a 10 de junho e entre 12 e 13 de julho, revelou hoje a organização.
Trata-se da quinta edição do evento, na denominada ‘cidade-mar’, a Horta, que recebe milhares de iates, e a organização está a cargo de 20 voluntários da Associação Cultural Fazendo.
Com o festival, é referido no comunicado divulgado, o Faial, nos Açores, “transforma-se num ponto de encontro entre a comunidade local e a comunidade náutica, que todos os anos escala a ilha durante a travessia do Atlântico”. O certame “gira em torno da música, da arte e da cultura, promovendo o intercâmbio entre diferentes públicos e culturas”.
Haverá concertos flutuantes, ‘performances’ em embarcações, tasquinhas, uma feira de artesanato com produtos regionais, projetos em colaboração com as escolas locais, ‘workshops’ e atividades que “utilizam linguagens universais como a música, a mímica, a dança, a acrobacia, e as artes cénicas e circenses”, num programa destinado a todas as idades.
“A simbiose com a paisagem natural visa promover a regeneração humana, social e cultural de todos os envolvidos”, de acordo com a Associação Cultural Fazendo.
“Através de manifestações artísticas multidisciplinares”, acrescenta, o Festival Maravilha promove “o diálogo entre diferentes públicos e culturas, combatendo as assimetrias territoriais e oferecendo experiências enriquecedoras para todos”.
“Assim, fortalecem-se os laços de amizade e cooperação entre a ilha e o mundo”, considera a organização.
Pretende-se ainda “celebrar a importância do mar e a necessidade urgente da sua preservação”.
Como artistas, o festival conta, por exemplo, com a presença de Emmy Curl (de Trás-os-Montes), que “incorpora o lado moderno e o seu próprio estilo de interpretação das complexas camadas rítmicas e harmónicas do folclore transmontano e celta”.
Romeu Bairos (da ilha de São Miguel), que participou no Festival da Canção 2021 com o tema “Saudade”, juntamente com os Karetus, e integrou o elenco da série da Netflix “Rabo de Peixe”, integra também o cartaz, a par de Noiserv (Lisboa), considerado “um dos mais criativos e estimulantes projetos musicais portugueses da última década”.
Além da dança e de rodas de chamarrita, dança tradicional da ilha do Faial, com o Grupo Roda Cheia num “baile/workshop” orientado por Tiago Valim (Faial), o certame inclui a participação da companhia de teatro LAMA (Faro).
O projeto Pianocean “está de regresso ao festival, pelas mãos da pianista e velejadora Marieke Huysmans Berthou (França), a bordo do seu veleiro, que tem a particularidade de ter um piano vertical a bordo”.
No catamarã dos Honky Tonk Sail (várias nacionalidades) um grupo de músicos “viaja impulsionado pelo vento, trazendo consigo o jazz e blues tradicionais”.
Poder-se-á ver também a performance de pintura ao vivo de Soizic Seon (França/Bélgica), acompanhada pela música original e ao vivo de Bots.
O Maravilha conta com o apoio financeiro da Direção-Geral das Artes e da Câmara Municipal da Horta, entre outras entidades, e com o suporte logístico de muitas empresas locais.