A Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD) considerou hoje ser “imprescindível” resolver as “limitações e ineficiências” operacionais do porto da cidade e defendeu um plano de ação “urgente”.
Na sequência de uma análise que a CCIPD promoveu, com o apoio e informação dos seus associados sobre a situação atual dos transportes marítimos que servem as ilhas de São Miguel e Santa Maria, constatou-se “um número extraordinário de irregularidades na operação, situação com frequência de que não há memória recente”.
Segundo uma nota de imprensa do organismo, em causa está “um conjunto diversificado de fatores entre os quais limitações operacionais no próprio porto de Ponta Delgada, o agravamento das condições meteorológicas, algumas que resultaram no fecho das barras dos portos de Lisboa e de Leixões, o reordenamento das operações com limitações novas, bem como avarias de equipamentos de mar e portuários”.
De acordo com a CCIPD, o porto está “cada vez menos capaz de responder às solicitações do mercado, pese embora as obras realizadas e em função de novas normas operacionais”.
“A capacidade operacional está desfasada da capacidade de atracagem, em muitas circunstâncias, prejudicando a competitividade da infraestrutura e de todas as atividades dela dependentes”, afirma o organismo representativo dos empresários.
A CCIPD exemplifica que os lugares de estacionamento para viaturas porta-contentores “são insuficientes para a capacidade marítima instalada”, as áreas de controlo oficial “põem em causa a fluidez do tráfego no porto” e falta um “parque para contentores adequado, dentro ou fora do porto, para otimizar as cargas e descargas”.
Para o organismo, é “imprescindível que as entidades responsáveis garantam a resolução de todas as limitações e ineficiências operacionais identificadas no porto de Ponta Delgada”.
Acresce que “é urgente a nomeação do novo conselho de administração da Portos dos Açores e a implementação de um plano de ação urgente”, de acordo com a CCIPD.
A Câmara de Comércio reitera a construção de um segundo molhe para o porto de Ponta Delgada como “forma de garantir a segurança e o crescimento económico a médio prazo”.
O tecido empresarial defende que, “no curto prazo, urge resolver, rapidamente, todas estas limitações operacionais, para que esta infraestrutura não continue a ser um constrangimento para a competitividade económica e para o crescimento da economia”.
A CCIA preconiza, por outro lado, a “necessidade urgente de resolver o problema de limitação de calado do porto” de Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, que “põe em causa a eficiência da operação dos navios”.