O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) manifestou hoje “total apoio” aos médicos envolvidos na retirada e acompanhamento dos doentes no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em São Miguel, Açores, que sofreu um incêndio no sábado.

Manifestando, em comunicado, “total solidariedade” para com todos os afetados pelo sinistro, tanto doentes e familiares, como médicos e demais profissionais de saúde, o SIM realça a “dedicação, profissionalismo e serenidade” que “garantiram a continuidade dos cuidados de saúde” na resposta ao incêndio.

No comunicado, o SIM diz ainda que acompanhou “com a máxima atenção e preocupação” o incêndio que obrigou à evacuação dos doentes e agradece “a pronta colaboração da proteção civil, das forças armadas e do setor social e privado, que acolheram os doentes, permitindo a sua segurança e a continuidade dos cuidados médicos”.

“Neste momento desafiante, o SIM reafirma o seu total apoio aos colegas médicos que se encontram na linha da frente, a assegurar alternativas e a trabalhar incansavelmente para o restauro da normalidade e da recuperação rápida de todos os doentes”, lê-se no texto assinado pelo Secretariado Nacional e o Secretariado Regional dos Açores do SIM.

Um incêndio deflagrou no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, pelas 09:40 locais de sábado (10:40 em Lisboa) e obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados.

O incêndio foi declarado extinto às 16:11 locais (17:11 em Lisboa).

Hoje, o Governo dos Açores declarou a situação de calamidade pública e a secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, disse que o hospital já foi alvo de duas vistorias, mas ainda não há previsão de quando será retomado o normal funcionamento.

Na altura do incêndio estavam no HDES 333 doentes e foi necessário transferir 240, acrescentou.

Os doentes mais críticos e graves foram transferidos para o hospital da CUF, na cidade de Lagoa, e os restantes para centros de saúde.

Entretanto, o secretário regional da Saúde madeirense, Pedro Ramos, anunciou que a Madeira vai receber 60 doentes transferidos do hospital de Ponta Delgada, dos quais 57 são pessoas que fazem hemodiálise, duas grávidas e um doente em cuidados intensivos.

O primeiro grupo – as duas grávidas e o doente em cuidados intensivos – chegou durante a tarde num avião da Força Aérea e os restantes 57 vão chegar na madrugada de segunda-feira num voo da SATA, acrescentou.

O secretário regional especificou que do grupo de pessoas que fazem hemodiálise, cinco são acamados e 18 têm mobilidade reduzida, ficando estas 23 pessoas no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.

Os restantes 34 são pessoas com mobilidade e ficarão no Regimento de Guarnição n.º3 (RG3), da Madeira.

Pedro Ramos disse ainda que será emitido diariamente durante a próxima semana um comunicado a dar conta da situação dos feridos e que será disponibilizada uma linha de apoio – 967702566 – para que os familiares dos doentes tenham informações imediatas.

 

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