O Governo dos Açores declarou hoje a situação de calamidade pública devido ao incêndio no Hospital de Ponta Delgada para “acelerar procedimentos” que permitam “normalizar” num “curto espaço de tempo”, a atividade da maior unidade de saúde açoriana.
“O Conselho do Governo, reunido hoje de forma extraordinária, declarou o estado de calamidade pública regional para os Açores devido ao incêndio no sábado no Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, que implicou a evacuação de todos os doentes da unidade hospitalar”, lê-se numa nota de imprensa do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM).
O Governo Regional justifica a medida com o objetivo de “agilizar e acelerar procedimentos, nomeadamente de contratação pública, que permitam ao HDES, normalizar, no mais curto espaço de tempo, a sua atividade”.
Hoje em declarações à agência Lusa a secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, disse que o Hospital de Ponta Delgada já foi alvo de duas vistorias, mas ainda não há previsão para retomar o normal funcionamento na maior unidade de saúde açoriana.
O incêndio no hospital obrigou à transferência de todos os doentes internados.
Na altura do incêndio estavam no Hospital de Ponta Delgada “333 doentes no Hospital” e foi necessário proceder “à transferência de 240 doentes”, segundo a titular da pasta da Saúde nos Açores.
Os doentes críticos e graves foram transferidos para o hospital da CUF, na cidade de Lagoa, e os restantes para centros de saúde.
Além disso, foram transferidos para o Hospital da Horta, na ilha do Faial, 30 utentes que fazem hemodiálise e 26 utentes para o Hospital do Santo Espírito, na ilha Terceira.
Durante o dia de hoje serão também transferidas duas grávidas para a Madeira, segundo a titular pela pasta da Saúde.
“Existem cerca de 110 doentes na sede da Unidade de Ilha de São Miguel, em Ponta Delgada”, detalhou à Lusa a governante.
Por outro lado, “e para garantir a resposta no Hospital da CUF, a nível dos cuidados intensivos, optou-se também por transferir, para o Hospital da ilha Terceira, três doentes que estavam admitidos nesse serviço, acrescentou Mónica Seidi.