O vice-presidente do Governo dos Açores defendeu hoje um “compromisso reforçado” da União Europeia (UE) para garantir que a política de Coesão “continue a promover um progresso harmonioso” das ilhas das regiões periféricas.

Discursando no encerramento da assembleia geral da Comissão das Ilhas da Conferência das Regiões Periféricas e Marítimas (CRPM), Artur Lima destacou que as ilhas “merecem reconhecimento e acompanhamento para que tenham as mesmas oportunidades de desenvolvimento”.

“É muito importante a conclusão desta Assembleia Geral no que respeita à coesão, onde se pede um compromisso reforçado das instituições da UE com os princípios da governação, da parceria e da solidariedade a vários níveis no futuro da política de coesão”, afirmou, falando no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada.

E acrescentou: “O objetivo é assegurar que a política de coesão continue a promover um progresso harmonioso, abordando eficazmente as disparidades regionais e zelando pela coesão económica, social e territorial em todas as regiões europeias”.

Artur Lima lembrou os constrangimentos da insularidade para os Açores e para as regiões ultraperiféricas da UE, que ficam “sujeitas a um acesso limitado a soluções de educação, saúde, emprego e mobilidade”.

“É fundamental assegurar um mecanismo que garanta, de forma permanente, um adequado serviço de acesso das nossas regiões aos territórios continentais”, reforçou.

O vice-presidente do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) destacou a necessidade de apoiar os cabos submarinos que asseguram a conectividade das ilhas, tratando-se de um “desafio essencial para a segurança dos fluxos de dados” e “qualidade do serviço”.

O governante defendeu que é “crucial o desenvolvimento de uma economia azul” que tenha como “pilar fundamental a Investigação, Desenvolvimento e Inovação (I&D)”.

“Relevamos o papel e as especificidades das ilhas e os seus diversos interesses e atividades marinhas e marítimas, sendo essencial continuar a apoiar a dimensão azul do Pacto Ecológico, que deve estar no centro da futura geração de políticas marítimas da UE, através do lançamento de um ‘Pacto Azul'”, advogou.

Integram a Comissão das Ilhas (uma das seis comissões geográficas da CRPM) 19 autoridades regionais insulares europeias situadas no Mediterrâneo, no Mar Báltico e nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico.

Na assembleia geral em Ponta Delgada participaram cerca de 50 pessoas, em representação das instituições europeias e das 11 regiões insulares de países como Portugal (Açores e Madeira), Espanha (Canárias e Baleares), França (Bretanha, Córsega, Guadalupe e Reunião), Malta (Gozo), Estónia (Saarema) e Suécia (Gotlândia).

 

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