O PAN/Açores questionou hoje o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) sobre a presença de auxiliares de educação nos estabelecimentos de ensino pré-escolar do arquipélago e lembrou que “não deve ser uma profissão menorizada”.

“Considerando o papel fundamental que as auxiliares de educação desempenham no desenvolvimento e aprendizagem das crianças, o PAN/Açores entende que esta não deve ser uma profissão menorizada. Neste contexto, defendemos a valorização e reconhecimento das auxiliares de educação, assegurando condições de trabalho dignas e remuneração justa”, afirmou o porta-voz Pedro Neves, citado num comunicado hoje divulgado pelo partido.

O PAN/Açores enviou hoje um requerimento ao executivo liderado por José Manuel Bolieiro a solicitar esclarecimentos sobre o funcionamento dos estabelecimentos pré-escolares na região, alegando que, desde o início do ano, recebeu “denúncias relacionadas com a desproporcionalidade entre o número de crianças por sala e o número de auxiliares de educação, havendo salas sem educadores de infância”.

“Nos últimos anos, os auxiliares de educação têm sido alvo de constante desprestígio e desvalorização social, fruto não só da extinção da carreira, como também da ausência de investimento salarial, desconsiderando-se o impacte positivo nas crianças”, lê-se no documento.

Segundo o partido, “verifica-se uma tendência para menosprezar o desgaste a que estes profissionais são expostos, devido à realização de funções repetitivas, com movimentos pouco naturais” como pegar em crianças ao colo, a utilização de mobiliário adequado apenas às crianças, a realização de trabalhos no chão e o constante estado de alerta e de vigilância, entre outras.

Para o PAN/Açores, estas funções levam ao estado de fadiga, ao aparecimento de patologias e à degradação do estado de saúde que, por sua vez, levam ao abandono da profissão, sobrecarregando os auxiliares de educação existentes.

O partido também tomou conhecimento que, em diversos estabelecimentos de educação, as crianças – independentemente do número e/ou idade, “ficam acompanhadas, durante todo o período da tarde, apenas por uma auxiliar de educação e sem educador de infância”.

“Esta atuação levanta dúvidas sobre a segurança das crianças e estado de saúde dos profissionais, que se encontram em estado de exaustão emocional e física”, aponta.

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