Joaquim Machado, Deputado do PSD/Açores ALRAA

Já se percebeu pelo clamor publico, que antecedeu mesmo a tomada de posse do governo de Montenegro, que certos setores da sociedade portuguesa vão exigir, com toda a urgência, a resolução de problemas que se arrastaram durante oito anos da governação de António Costa. Professores, forças policiais, militares, profissionais de saúde encabeçam a extensa fila de descontentes e inconformados, após longa espera.

Hipocritamente, quem protelou a resolução destes problemas reclama agora brevidade na resposta positiva a tais casos, a pretexto de um excedente orçamental, seguramente irrepetivel e, portanto, não estrutural para acomodar o impacto orçamental de quanto importa reparar, sem a devida gradualidade. Mas a reivindicação vai subir de tom, tornar-se imperativa.

O saldo da relação entre a República e os Açores também é deficitário, com óbvio prejuízo para as ilhas. E na primeira ocasião lá teremos descaradamente dois deputados socialistas, por aqui eleitos, a reclamar o que ignoraram anos a fio.

No rol de matérias que carecem de solução – entenda-se, negociação e concertação – assoma à cabeça a revisão da Lei de Finanças Regionais, até porque já identificados os sobrecustos da saúde e educação… Depois, o cumprimento das ajudas à recuperação dos estragos do furacão Lorenzo, a revisão da lei da gestão do mar, o financiamento da nossa Universidade, o provimento humano dos serviços do Estado, sobretudo tribunais, polícias e conservatórias, e a construção da cadeia de Ponta Delgada, que se arrasta há décadas, só com bagacinha à vista.

A lista é interminável.

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