A Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD) pretende acelerar a digitalização das microempresas dos Açores, por entender que parte do tecido empresarial do arquipélago poderá estar a perder oportunidades de negócio por falta de acesso digital.

“As microempresas estão um pouco atrasadas relativamente ao processo digital”, reconheceu o presidente da CCIPD, Mário Fortuna, numa apresentação realizada de manhã em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, da Aceleradora do Comércio Digital dos Açores, destinada aos empresários da região.

Segundo o representante, este atraso “é normal”, visto que muitos empresários não terão descoberto ainda os benefícios de terem o seu negócio devidamente digitalizado.

“Esta iniciativa permite acelerar este processo, esta digitalização que, no fundo, vai permitir que as empresas deem um salto qualitativo neste sentido”, sublinhou, realçando as vantagens de dar a conhecer os negócios e divulgar os produtos a um maior número de clientes.

O programa é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e será aplicado noutras zonas do país: em abril de 2023, o Ministério da Economia anunciou os sete consórcios vencedores que irão desenvolver as aceleradoras no país.

Em causa está uma dotação global de 55 milhões de euros para “capacitar as micro, pequenas e médias empresas do comércio, serviços, restauração e similares, no seu desenvolvimento e maturidade digital”, explicou então a tutela, prevendo um alcance de 30 mil empresas.

“Pretendemos fazer um diagnóstico das empresas e identificar que tipo de serviços é que as empresas precisam mais, e, a partir daí, os empresários podem concorrer a um conjunto de apoios que serão disponibilizados”, referiu Mário Fortuna.

A sessão de esclarecimento desta quinta-feira juntou as associações empresariais das ilhas de Santa Maria, da Horta, de São Jorge e do Pico, que pretendem também compreender e divulgar aos seus associados, as vantagens do comércio digital.

Segundo os organizadores da iniciativa, a aceleradora de comércio digital irá envolver a atribuição de ‘vouchers’ a utilizar na contratação de serviços previstos no catálogo de serviços da transição digital.

 

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