Hoje assinala-se o Dia da Mulher, criado em 1910 por proposta da comunista alemã Clara Zetkin, para dar mais força à luta das mulheres por direitos políticos, económicos e sociais. Estamos longe da realidade de 1910, mas as desigualdades mantêm-se. As mulheres são as mais afetadas por doenças profissionais, pelos trabalhos precários, pelo desemprego e por trabalho a tempo parcial. Estão mais sujeitas a diferentes formas de violência, pela sua situação socialmente e economicamente mais vulnerável.

As mulheres recebem, em média, menos 230€ pelo seu trabalho do que os homens. O aumento da escolaridade não contribui para reduzir esta diferença salarial. Por exemplo, as mulheres com um curso superior recebem, em média, menos 600€. Apesar destas desigualdades, as mulheres trabalhadoras são responsáveis por metade da riqueza nacional.

O facto de ficarem com uma fatia bastante baixa dessa riqueza demonstra a injustiça do atual sistema económico e que estão sujeitas a uma maior exploração, porque a proporção entre os lucros que resultam do seu trabalho e o salário que recebem é mais desigual e injusta.

Mas esta realidade pode ser transformada, para melhor. Neste domingo, estará também em causa a eleição de deputados que já mostraram, pela sua prática política, que não respeitam os direitos de maternidade e paternidade, que facilitam a desregulação dos horários de trabalho, que promovem os salários baixos e não combatem as discriminações no mundo do trabalho, ou, pelo contrário, a eleição de deputados comprometidos com a luta das mulheres. A CDU tem provas dadas nesta matéria como nenhuma outra força política.

Ainda durante a ditadura, a tese de licenciatura de Álvaro Cunhal foi sobre os direitos das mulheres e o PCP promoveu a comemoração anual do Dia da Mulher, a partir da clandestinidade. Será justo recordar a antiga deputada da CDU, Odete Santos, que se destacou na luta pelos direitos das mulheres. A ação da CDU em defesa dos seus direitos, pela igualdade no trabalho, na família, na vida social, política, cultural e desportiva é uma constante.

A igualdade entre mulheres e homens não é uma utopia. Será apenas uma questão de tempo construirmos uma sociedade que as elimine. E podemos, com coragem e confiança, começar já neste domingo!

PUB