O Presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, afirmou quinta-feira à noite que o Partido Socialista “não merece uma segunda oportunidade” nas eleições de 10 de março, lembrando que o PS “merece castigo e ficar na oposição” por ter “prejudicado” os açorianos.

“Não podemos passar um cheque em branco a quem prejudicou os Açores”, acrescentou, sublinhando que Luís Montenegro será um “Primeiro-Ministro competente e amigo dos Açores”, ao contrário do que sucedeu nos últimos anos com os governos socialistas.

José Manuel Bolieiro falava no Pavilhão da freguesia de São Vicente Ferreira, concelho de Ponta Delgada, num comício da candidatura da Aliança Democrática (AD) pelos Açores, que coliga o PSD, o CDS-PP e o PPM nas eleições de 10 de março para a Assembleia da República.

Para o líder social-democrata açoriano, “com Luís Montenegro como Primeiro-Ministro, temos condições de fazer mais e melhor pelos Açores”.

José Manuel Bolieiro apelou ao voto na AD, “faça chuva, faça sol”, realçando que os eleitores “não se podem fiar em sondagens” e que os verdadeiros resultados “vêm das urnas de voto”.

E assegurou que, no dia seguinte às eleições, “não haverá votos de protesto, mas sim responsabilidade na defesa dos Açores”, com o cabeça-de-lista da AD pela Região, Paulo Moniz, “a assumir o encargo dos açorianos com justiça”, como tem sido apanágio da sua missão na Assembleia da República desde a primeira hora.

José Manuel Bolieiro destacou que são os Açores “que estão a determinar o rumo certo do país” e “são um bom exemplo para Portugal, na geografia da Europa e do Mundo”, com “vigor e rigor pelo interesse dos açorianos”.

“Nos Açores fazemos bem, é preciso que o resto do País nos imite”, vincou, frisando que “a nossa boa influência, dedicação e serviço aos Açores” catapultaram “a solução da definição política da AD como uma estratégia de rumo certo”.

Adiantou ainda que “somos políticos que não nos servimos, mas antes servimos a democracia, o que o povo sabe muito bem distinguir”.

Acima de tudo, a Coligação PSD/CDS-PP/PPM é “uma equipa ganhadora”, sobretudo porque “o PS derrotou o país pela sua má governação e do cansaço face aqueles que eram donos de tudo e de todos”.

O líder social-democrata reiterou que os Açores devem justiça a Paulo Moniz e que “os açorianos devem dar sinal positivo a quem defendeu os Açores”, quando os deputados do PS pelos Açores prejudicaram e atraiçoaram as ilhas, ora votando contra matérias de “grande importância para a Região, ora abstendo-se”.

José Manuel Bolieiro entende que se assiste “a uma nova expectativa no país numa vitória da AD e a uma dinâmica de tendência de vitória da AD”, depositando em Luís Montenegro e Paulo Moniz esperança e confiança.

O cabeça-de-lista da AD pelos Açores à Assembleia da República, Paulo Moniz, manifestou-se confiante perante a “moldura humana” que encontrou no Pavilhão de São Vicente Ferreira.

Para o candidato social-democrata, trata-se de “um sinal de esperança na mudança que vai acontecer a 10 de março”, mensagem que lhe foi transmitida também nas ruas que percorreu, das ilhas de Santa Maria ao Corvo.

Paulo Moniz recordou que, na campanha eleitoral, foi abordado “com uma mensagem de esperança, de confiança e de acreditar que é possível fazer melhor”.

“Com a AD e Luís Montenegro na República, com José Manuel Bolieiro nos Açores e com os deputados eleitos pelos Açores, faremos a diferença na defesa dos Açores”.

Segundo o candidato, “esta é uma campanha para as pessoas, uma campanha para mudar o país. Queremos vencer as eleições no próximo domingo, não por vencer eleições, não por ganharmos em termos partidários uma eleição, mas para mudar o país”.

“Mudando o país teremos um Governo da República solidário com os Açores. E não um governo como o do Partido Socialista, que só promete e politicamente nos é traiçoeiro, pois falha os seus compromissos”, prosseguiu o social-democrata.

“Fiquem sempre atentos aos deputados dos Açores do Partido Socialista. Anunciam que agora vão defender os Açores. Lembrem-se que por atos, ao longo destes quatro anos, nos momentos-chave, falharam aos açorianos e votaram contra e foram politicamente traiçoeiros”, avançou.

Paulo Moniz sublinhou que, “na vida política, mais do que as palavras são os atos que demonstram a verdadeira natureza da convicção das pessoas”, apontando o dedo ao cabeça-de-lista do PS pelos Açores que só durante a campanha é que veio dizer que defende o rendimento dos agricultores.

Isto depois dos agricultores açorianos “terem sido excluídos de dezenas de milhões de euros de um apoio extraordinário”, sem que o cabeça-de-lista do PS se tivesse pronunciado sobre o assunto, e em conivência do Governo da República socialista.

“Enquanto nós defendemos os Açores, defendemos os agricultores. É aqui que reside a diferença”, salvaguardou.

“O nosso compromisso é com os Açores e com os açorianos. O nosso compromisso é na defesa da nossa terra. E defendemos a nossa terra garantindo que se cumpre aquilo que se promete, mas também garantindo que os Açores são parte do futuro que o Governo da AD quer para o país”.

Para Paulo Moniz, “só a AD garantirá a estabilidade política, num quadro de guerras, de dificuldades e de desafios como nunca tivemos. E o país sabe que só AD tem a capacidade de oferecer a estabilidade, o rumo, o futuro que todos nós precisamos”.

O social-democrata lembrou que o candidato socialista a Primeiro-Ministro, Pedro Nuno Santos, “é talvez dos ministros que mais falhou os Açores”.

“[Pedro Nuno Santos] falhou na ampliação do aeroporto da Horta, nas Obrigações de Serviço Público de transporte aéreo, coadjuvado por Francisco César, que acha muito bem que a SATA não receba o dinheiro que lhe é devido pelas ligações”.

O mesmo sucedeu em relação à Lei do Mar, em que os deputados dos Açores do Partido Socialista se abstiveram, numa atitude que apelidou de “cobardia política”, condenou Paulo Moniz.

“É um Pedro Nuno Santos que em relação aos Açores faz orelhas moucas sobre a falência dos cabos submarinos de fibra ótica e de podermos ficar ‘às escuras’”, disse.

“É um Pedro Nuno Santos que, juntamente com Francisco César, falha aos Açores e agora se apresenta como candidato a Primeiro-Ministro. São os dois face da mesma má moeda. A moeda que trai os açorianos, que desrespeita a Autonomia e afronta o nosso futuro”, continuou.

“No dia 10 de março temos de dizer: não, não queremos esta gente”, declarou.

Paulo Moniz apelou ao voto “ganhador para o país, que tem de ser um voto também ganhar para os Açores, para que nós tenhamos mais deputados eleitos pelo círculo dos Açores pela AD. Isto é um acréscimo de sintonia com José Manuel Bolieiro e com o seu Governo”, corroborou.

Para o candidato da AD, esta “é a garantia que os socialistas e os centralistas não fazem pouco dos Açores. Isto tem de ser dito. Tem de ser afirmado nas urnas, porque esta é a nossa identidade enquanto Aliança Democrática açoriana”.

“Em democracia ganha quando se abre a urna e se conta os votos. É preciso que lá estejam. Cada um de nós sabe bem que tem de ser semente para levar a mensagem de vitória a cada freguesia, a cada concelho, a cada ilha dos Açores”, destacou.

“Os deputados da AD na Assembleia da República colocarão sempre o superior interesse dos Açores e dos açorianos acima de qualquer interesse, seja de quem for e em que circunstância for. Este é o nosso compromisso”, assegurou Paulo Moniz.

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