O cabeça-de-lista da Aliança Democrática (AD) pelo círculo dos Açores, Paulo Moniz, defende uma solução definitiva para o financiamento da Universidade dos Açores (UAc), com revisão do contrato programa e a união de esforços para a construção de residências universitárias.

“A academia açoriana precisa de uma solução definitiva e autónoma e a AD irá pugnar por este aprofundamento e resolução”, reiterou o candidato da coligação PSD/CDS-PP/PPM.

À saída de uma reunião com a reitora da UAc, realizada no âmbito da campanha para as eleições legislativas nacionais de 10 de março, o social-democrata lamentou que “o famoso contrato de financiamento, que levou anos a ser assinado, é um contrato provisório até 2027”.

“A partir dessa data, é incerto, volta a estar tudo em aberto, o que para nós é grave”.

A título de exemplo, Paulo Moniz apontou: “imagine assumir contratações que, a partir de 2027, não sabe se as consegue pagar e 2027 é já depois de amanhã”.

Por isso, o cabeça-de-lista da AD pelos Açores considerou tratar-se de “um contrato que é um penso rápido num problema, mas estruturalmente não é a assunção do que a UAc precisa”.

Outro problema que se avizinha prende-se com a construção das residências universitárias em Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta, gerador de “uma enorme preocupação”, indicou o candidato da coligação PSD/CDS-PP/PPM.

De acordo com o social-democrata, as obras em causa estão incluídas no Plano de Recuperação e Resiliência e “deverão estar concluídas em março de 2026 para serem cofinanciadas”.

Contudo, as verbas necessárias para a UAc garantir a sua parte do financiamento e a abertura do concurso público ainda são insuficientes, segundo adiantou a Reitora da UAc, disse Paulo Moniz.

Mais concretamente, “o Ministério do Ensino Superior não dedicou à UAc a sua especificidade, nem olhou para as características próprias de construção de residências universitárias nestes três polos”, afirmou.

Paulo Moniz lembrou que “os custos de alojamento nas ilhas são bastante elevados e estes estudantes precisam de solução”, realidade a que o Governo da República do Partido Socialista “se manteve alheio, não acautelando esta necessidade, o que é mais um entrave à afirmação e crescimento da UAc”.

Em causa estão mais de três milhões de euros, o montante necessário para o lançamento do concurso público da respetiva empreitada, que, mesmo com “a colaboração empenhada dos municípios, devia ser o Governo da República a garantir”, concluiu o social-democrata.

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