A apenas uma semana das eleições legislativas, os candidatos socialistas pelo círculo eleitoral dos Açores estiveram reunidos com a UGT/Açores para falar sobre as novas metas que definem para os próximos anos ao nível da melhoria de rendimentos, progressão de carreiras e valorização da administração pública.
“Se queremos ter uma boa prestação de serviço público, precisamos de ter profissionais na função pública que sejam bem remunerados”, defende Francisco César, que afirma ser necessário tornar as carreiras mais atrativas. Nesse sentido, o PS quer atuar sobretudo a dois níveis, quer com a subida dos salários à entrada, quer com uma redução do tempo de progressão das carreiras.
O cabeça de lista pelo círculo eleitoral dos Açores destaca o caso das carreiras especiais, referindo-se a setores como os da Justiça, Polícia e as Forças Armadas. “Temos de criar formas para que a progressão não demore muito tempo, para que as pessoas se sintam verdadeiramente valorizadas”, atalha, algo que seguiria o exemplo do que já foi implementado para os técnicos superiores que, durante a governação socialista, viram o tempo de chegada ao topo da carreira ser reduzido para 27 anos.
O Partido Socialista quer também dar continuidade às negociações com os privados de forma a aumentar valores tanto ao nível do salário mínimo como do salário médio. No primeiro caso, o PS define o objetivo de atingir pelo menos os 1050€ de salário mínimo nos Açores em 2028. Segundo Francisco César, esta é uma medida com impacto não só para quem o recebe mas também para as restantes carreiras. “Esse é um efeito positivo do salário mínimo, o de empurrar tudo o resto”, explica.
No caso do salário médio, a meta é de, até 2027, alcançar os 1750€. O valor encontra-se atualmente nos 1505€, valor que ultrapassa a meta de 1300€ inicialmente fixada. Para os socialistas, este é a confirmação de que o mercado tem o dinamismo necessário para que se continue a melhorar salários o que, defendem, é a chave para aumentar a produtividade.
Francisco César sublinha a importância de manter este diálogo e destaca o trabalho que tem sido feito pelo Governo da República nesse sentido. “Temos tido, nos últimos dois anos, uma relação muito próxima com os parceiros sociais, nomeadamente os sindicatos, o que nos permitiu fazer este acordo de rendimentos para a valorização das carreiras da administração pública e também para o privado”, descreve, destacando que “só com bons rendimentos é que conseguimos ter bons serviços públicos, uma vida digna e uma capacidade de as pessoas planearem o seu futuro.”