Joaquim Machado, Deputado do PSD/Açores ALRAA

Nesta altura do campeonato, como se costuma dizer, grande parte dos eleitores já decidiu o destino do seu voto, ainda que as sondagens possam dizer outra coisa.

O modelo de debate americano, próprio de um sistema bipartidário, revela-se pouco funcional no nosso quadro político de múltipla representação parlamentar. Apesar disso, há sempre utilidade nestes confrontos de ideias. No limite um ou dois debates podem mudar o rumo do país. Talvez seja o caso. E, sendo eleições nacionais, também podem influir no quadro político regional mais imediato.

A vitória do PSD/CDS/PPM nos Açores impulsionou a candidatura de Montenegro, logo depois robustecida pela solidez e eficiência no debate com André Ventura. No lado oposto, Pedro Nuno Santos vai admitindo o cenário de derrota, com apelos ao voto útil e aos entendimentos com a esquerda comunista e radical – maior sinal de fraqueza não podia ser. Ressalve-se, todavia, um momento de serenidade e ponderação do interesse do país, acima de qualquer conveniência particular, quando o ex-ministro das Infraestruturas se comprometeu com a viabilização de um governo da AD de maioria relativa.

Este bom-senso contrasta com a precipitação e leviandade do dr.Cordeiro perante idênticas circunstâncias nos Açores. Aqui já não se trata de uma hipótese, mas sim da soberana decisão dos açorianos:Bolieiro foi vencedor inequívoco, o povo disse claramente querer um governo não-socialista e o Chega será, para bem e para o mal, apenas e só aquilo que o PS quiser e deixar.E agora camarada Vasco?

Mudar para melhor nunca foi defeito.

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