O Czar 2014, originário da ilha do Pico, nos Açores, venceu hoje, no Porto, o prémio de Vinho do Ano da Revista de Vinhos, numa cerimónia que distinguiu o presidente do Abanca, Juan Carlos Escotet, como Personalidade do Ano.

“Czar 2014, vinho licoroso ‘sui generis’ da ilha do Pico, Açores, elaborado por Fortunato Garcia a partir de dois hectares com as castas Verdelho, Arinto dos Açores e Terrantez do Pico instalados na Criação Velha, obteve a distinção Vinho do Ano”, pode ler-se num comunicado hoje divulgado pela organização do evento.

O prémio Produtor Revelação do Ano também foi para a ilha do Pico, no caso para a Azores Wine Company, “projeto criado há uma década e liderado por António Maçanita e Filipe Rocha”, e a Barbeito, produtor de Vinhos Madeira e tranquilos madeirenses, foi o Produtor de Vinhos Fortificados do Ano.

À semelhança do sucedido nos anos anteriores, a gala da 27.ª edição dos prémios Os Melhores do Ano decorreu hoje na Alfândega do Porto, tendo também premiado “a tricentenária Quinta da Alorna, em Almeirim, região do Tejo, há cinco gerações na esfera da família Lopo de Carvalho”, com o título de Produtor do Ano.

Já Juan Carlos Escotet, presidente executivo do Abanca, “que detém o grupo Sogevinus Fine Wines (insígnias Kopke, Burmester, Cálem e Barros), foi distinguido com o prémio Personalidade do Ano no Vinho, pelo trabalho e investimentos já operados e em concretização, no Douro e em Vila Nova de Gaia”.

Quanto ao galardão de Personalidade do Ano na Gastronomia, foi atribuído a João Rodrigues, proprietário do restaurante Canalha, antigo chefe do estrelado Feitoria e mentor do projeto itinerário Residências, e João Roquette foi considerado Personalidade do Ano no Brasil “pelo trabalho desenvolvido em prol dos vinhos portugueses naquele país, ao leme da Qualimpor”.

Já o prémio Homenagem destinou-se a João Portugal Ramos – potencial “criador do moderno Alentejo vitivinícola”, segundo a Revista de Vinhos – pelos “pelos 43 anos de carreira, efetivados na recuperação e projeção contemporânea do Alentejo a partir dos anos 80 e pela visibilidade externa dos vinhos portugueses”.

Quanto às empresas, o prémio de Empresa do Ano foi para a Falua, “empresa nascida no Tejo mas que hoje se dissemina pela região dos Vinhos Verdes e Douro, integra o universo Roullier e tem em Antonina Barbosa e Rui Rosa as figuras-chave”, ao passo que o prémio de Marca do Ano foi atribuído ao vinho Muralhas de Monção, “‘blockbuster’ da Adega Cooperativa de Monção e ícone da região dos Vinhos Verdes”.

O enólogo do ano foi Luís Cabral de Almeida, da Sogrape, “que lidera a alentejana Herdade do Peso mas que passou por outras propriedades da multinacional portuguesa, como Quinta de Carvalhais, no Dão, e Finca Flichman, em Mendoza, Argentina”.

Já Mariana Salvador, “a trabalhar na Textura Wines, no Dão, bem como no projeto pessoal de vinhos Revela, recebeu a distinção Enólogo Revelação do Ano”.

Ricardo Morais, que coordena o serviço de vinhos do grupo JNcQUOI, foi considerado Sommelier do Ano”, a Garage Wines foi a Loja/Garrafeira do Ano, o prémio de Enoturismo do Ano foi atribuído às Caves Niepoort, projeto liderado por Beatriz Machado, e Viseu foi considerado o Destino Gastronómico do Ano.

Quanto ao prémio Inovação/Investigação do Ano foi atribuído ao consórcio PreVineGrape, que reúne Deifil Technology, Sogrape, João Nicolau de Almeida & Filhos, IPB e ADVID, e o Distribuidor do Ano foi a Garrafeira Soares.

O espaço Ferrugem, em Famalicão, do chefe Renato Cunha, foi o Restaurante do Ano, e Nelson Freitas, do Fifty Seconds (Lisboa) foi o Chefe Revelação do Ano, ao passo que a Landscape Farm, de Santarém, foi premiada como Produtor Artesanal do Ano.

“A chefe de cozinha Marlene Vieira, (assim mesmo, com vírgula, numa alusão ao trabalho de equipa), do restaurante Marlene, em Lisboa, foi eleita Chefe de Cozinha do Ano”, e o Rocco, também em Lisboa, foi o Melhor Serviço de Vinhos.

 

PUB